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País é 56º em competitividade responsável
Brasil perde oito posições em ranking que avalia itens como se os governos incentivam práticas empresariais responsáveis
Segundo o estudo, o álcool,
que poderia ajudar o país a subir no levantamento, é uma grande oportunidade, mas ainda oferece riscos
DA REDAÇÃO
O Brasil perdeu oito posições
e ficou em 56º lugar no ranking
de Competitividade Responsável, elaborado pelo centro de
estudos AccountAbility, ficando atrás de países como África
do Sul, Botsuana e El Salvador.
A pesquisa, com 108 países, leva
em conta se os governos locais
incentivam responsabilidade
nas práticas empresariais e a
sua interação com a sociedade
para mudar o mercado, entre
outros itens.
A nota do Brasil caiu apenas
0,5 ponto, de 55,5 para 55,0, entre o levantamento deste ano e
o de 2005 -o ranking é divulgado a cada dois anos- e parte da
perda de posições é explicada
pela adição de 25 países na pesquisa de 2007.
Para o estudo, a produção de
biocombustíveis, como o álcool, que poderia ajudar o Brasil a subir no ranking com a
crescente demanda por energia
limpa e renovável, é uma "grande oportunidade" para o país,
porém ainda oferece riscos.
"A produção de biocombustíveis pode trazer conseqüências
negativas para a segurança alimentar e o ambiente. Assim, o
Brasil tem um grande desafio:
desenvolver um modelo de
crescimento em que o álcool
seja produzido sem impactos
negativos nas florestas ou na
produção de alimentos", diz o
documento.
Segundo a pesquisa, o Brasil
deve desenvolver tecnologias e
modelos de negócios que permitam o desenvolvimento rural e a produção simultânea de
alimentos e biocombustíveis.
Para estabelecer o ranking, o
estudo dá notas para três itens:
a "força" das políticas públicas
para incentivar práticas responsáveis das empresas, a adoção pelas empresas e, se o ambiente social e político, permite
que governo e sociedade civil
atuem juntos para mudar os
mercados.
O Brasil recebeu nota 72,3
para o primeiro item, o que, caso fosse repetido nos outros
dois, colocaria o país na 14ª posição, à frente de países como
EUA e Japão. Porém, nas avaliações seguintes, o país recebeu 56,4 pontos e 52,3 pontos,
respectivamente.
Na América Latina e Caribe,
o país ficou atrás de Chile, Costa Rica, Jamaica, Peru, Trinidad e Tobago, El Salvador, Uruguai e Colômbia. Entre os Brics
(grupo que reúne China, Rússia
e Índia), o Brasil, porém, foi o
melhor colocado, e a China, o
pior, ficou na 87ª posição.
Como no ranking anterior, os
países nórdicos ficaram com as
quatro primeiras colocações. A
Finlândia, que era a primeira,
ficou atrás de Suécia, a nova líder, e Dinamarca.
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