São Paulo, sábado, 07 de julho de 2007

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País é 56º em competitividade responsável

Brasil perde oito posições em ranking que avalia itens como se os governos incentivam práticas empresariais responsáveis

Segundo o estudo, o álcool, que poderia ajudar o país a subir no levantamento, é uma grande oportunidade, mas ainda oferece riscos

DA REDAÇÃO

O Brasil perdeu oito posições e ficou em 56º lugar no ranking de Competitividade Responsável, elaborado pelo centro de estudos AccountAbility, ficando atrás de países como África do Sul, Botsuana e El Salvador. A pesquisa, com 108 países, leva em conta se os governos locais incentivam responsabilidade nas práticas empresariais e a sua interação com a sociedade para mudar o mercado, entre outros itens.
A nota do Brasil caiu apenas 0,5 ponto, de 55,5 para 55,0, entre o levantamento deste ano e o de 2005 -o ranking é divulgado a cada dois anos- e parte da perda de posições é explicada pela adição de 25 países na pesquisa de 2007.
Para o estudo, a produção de biocombustíveis, como o álcool, que poderia ajudar o Brasil a subir no ranking com a crescente demanda por energia limpa e renovável, é uma "grande oportunidade" para o país, porém ainda oferece riscos.
"A produção de biocombustíveis pode trazer conseqüências negativas para a segurança alimentar e o ambiente. Assim, o Brasil tem um grande desafio: desenvolver um modelo de crescimento em que o álcool seja produzido sem impactos negativos nas florestas ou na produção de alimentos", diz o documento.
Segundo a pesquisa, o Brasil deve desenvolver tecnologias e modelos de negócios que permitam o desenvolvimento rural e a produção simultânea de alimentos e biocombustíveis.
Para estabelecer o ranking, o estudo dá notas para três itens: a "força" das políticas públicas para incentivar práticas responsáveis das empresas, a adoção pelas empresas e, se o ambiente social e político, permite que governo e sociedade civil atuem juntos para mudar os mercados.
O Brasil recebeu nota 72,3 para o primeiro item, o que, caso fosse repetido nos outros dois, colocaria o país na 14ª posição, à frente de países como EUA e Japão. Porém, nas avaliações seguintes, o país recebeu 56,4 pontos e 52,3 pontos, respectivamente.
Na América Latina e Caribe, o país ficou atrás de Chile, Costa Rica, Jamaica, Peru, Trinidad e Tobago, El Salvador, Uruguai e Colômbia. Entre os Brics (grupo que reúne China, Rússia e Índia), o Brasil, porém, foi o melhor colocado, e a China, o pior, ficou na 87ª posição.
Como no ranking anterior, os países nórdicos ficaram com as quatro primeiras colocações. A Finlândia, que era a primeira, ficou atrás de Suécia, a nova líder, e Dinamarca.


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