|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Crédito imobiliário da Caixa cresce 75% e bate recorde
Maior financiador do setor habitacional emprestou R$ 17,5 bi no 1º semestre
Aumento da massa salarial, subsídios à baixa renda e juros mais baixos explicam crescimento, segundo o
vice-presidente do banco
NATÁLIA PAIVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Líder no crédito de imóveis, a
Caixa Econômica Federal bateu recorde do volume oferecido à compra da casa própria: foram concedidos R$ 17,5 bilhões
em 351 mil empréstimos no
primeiro semestre do ano
-crescimento de 75% ante o
registrado no mesmo período
do ano passado. Desse volume,
R$ 9,2 bilhões vieram dos recursos da poupança destinados
à habitação, alta de 267%.
Para o vice-presidente da
instituição, Jorge Hereda, o aumento da massa salarial, o
acréscimo de subsídios à baixa
renda e os juros mais baixos foram os responsáveis pelo volume recorde, que reflete a inclusão de famílias que antes não tinham acesso ao financiamento
imobiliário. Com a escassez de
crédito vivida logo após o agravamento da crise econômica
global, em setembro passado,
"o mercado bancário recuou e a
Caixa avançou e ocupou o espaço deixado", diz Hereda.
Para o economista Francisco
Pessoa, consultor da LCA, o
crescimento do volume contratado indica que o nível de confiança do consumidor brasileiro, afetado num primeiro momento pós-crise, já se recupera
-considerando que o financiamento habitacional é um compromisso de longo prazo.
O resultado positivo do primeiro semestre ainda foi impulsionado pelos feirões da casa própria, que costumam impactar as contratações da Caixa
por seis meses, período no qual
a carta de crédito obtida é utilizada, diz Hereda. "Nos feirões,
foi possível constatar que muitas famílias passaram a ter condições de entrar no mercado
imobiliário. E com o Minha Casa, Minha Vida, empresas vão
acreditar mais e vai haver mais
imóveis para baixa renda."
O programa habitacional do
governo federal -medida anticíclica que visa construir 1 milhão de casas para quem ganha
até dez salários mínimos- respondeu por R$ 1,5 bilhão do volume financiado, diz Hereda:
metade foi para a produção,
metade para a pessoa física.
Até junho, 581 projetos (100
mil imóveis) estavam em análise e 97 (10 mil), já contratados,
segundo a presidenta da Caixa,
Maria Fernanda Ramos. Apesar de formar 40% da meta do
programa, a faixa de renda de
zero a três salários tem 28% dos
projetos em análise. A Caixa espera que a contratação prevista
seja fechada até o fim de 2010.
Texto Anterior: Ações: Ofertas iniciais voltam, mas valores ficam abaixo de 2008 Próximo Texto: Petróleo: Falha leva Petrobras a parar a produção de óleo no pré-sal Índice
|