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MERCADO FINANCEIRO
Moeda sobe 1,03%; BC renova 11% da dívida cambial de US$ 1,3 bi na primeira etapa da rolagem
Dólar voltar a fechar em alta, a R$ 3,053
DA REPORTAGEM LOCAL
O dólar voltou a fechar pressionado. A moeda norte-americana
subiu 1,03%, a R$ 3,053. A primeira etapa da rolagem da dívida
cambial pública feita ontem pelo
Banco Central não repercutiu
bem no mercado.
O câmbio não foi o único a estressar novamente. Os títulos da
dívida brasileira mais negociados,
os C-Bonds, caíram 1,3%. O risco-país subiu 4,9%, a 898 pontos. A
Bolsa perdeu 1,31%.
A rolagem de apenas 11% da dívida cambial de US$ 1,3 bilhão
que vence na próxima semana
não agradou aos investidores. Pelas regras, o BC pode realizar apenas mais um leilão de rolagem,
que é esperado para acontecer hoje. Terminado o leilão no início da
tarde, o dólar chegou a R$ 3,069.
O BC vem nos últimos vencimentos diminuindo o percentual
de rolagem de sua dívida cambial.
A renovação de uma parcela menor da dívida representa a retirada de títulos do mercado que servem de hedge (proteção contra a
oscilação do dólar). Se isso ocorre, empresas e bancos podem aumentar a demanda por dólares, o
que pressiona a cotação.
Os ânimos dos investidores haviam amanhecido mais calmos
ontem, com a aprovação do texto
principal da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados em
primeiro turno. Mas o clima mais
ameno logo passou. Os violentos
protestos de servidores públicos
em Brasília, que culminaram com
ataques ao Congresso, não repercutiram bem no mercado.
"Passado o texto principal da
reforma, a ansiedade do mercado
agora está focada nas discussões
para aprovação dos destaques.
Quando há dúvidas e desconfortos no campo político e social,
muitos acabam comprando dólares", afirma Luis Henrique Didier, presidente da Abracam (Associação Brasileira das Corretoras
de Câmbio).
A Bolsa de Valores de São Paulo
teve mais um dia ruim. O Ibovespa -principal índice- caiu para
12.887 pontos. Quem mais sofreu
foram as ações preferenciais da
Net, que despencaram 6,6%. As
ações da Eletrobras também tiveram péssimo desempenho. O papel ON da empresa perdeu 5,3%,
e o PNB caiu 5%.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as taxas de juros
oscilaram pouco. O contrato DI
(juro interbancário) mais negociado na BM&F, com prazo em
abril, fechou com taxa de 22,41%.
(FABRICIO VIEIRA)
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