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Febraban faz críticas a
aumento de alíquota
DA REPORTAGEM LOCAL
A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) criticou a mudança na tributação para aplicações financeiras, anunciada ontem pelo governo. O economista-chefe da entidade, Roberto Luís
Troster, questionou o caráter ambíguo da medida, que reduz impostos para aplicações mais longas e aumenta o tributo para as de
curto prazo. "Não faz sentido, em
um pacote feito para desonerar
investimentos, aumentar a alíquota para um prazo até seis meses", disse à Agência Brasil.
Para aplicações de renda fixa, o
IR terá alíquotas diferentes: de
22,5% para aplicações de até seis
meses, de 20% para 6 a 12 meses e
de 17,5% para 12 a 24 meses. Acima disso, a alíquota será de 15%.
Para o vice-presidente da Animec (Associação Nacional de Investidores do Mercado de Capitais), Gregório Mancebo, o incentivo tributário anunciado para o
mercado de ações é positivo, mas
ainda muito acanhado.
"Os investidores correm mais
riscos investindo em ações na
comparação com os fundos de
renda fixa. Com isso, o mercado
acionário deveria pagar uma alíquota menor que a nova anunciada. A medida não deixa de ser positiva, mas é insuficiente."
A partir de janeiro de 2005, a alíquota do IR no mercado acionário passará dos atuais 20% para
15% sobre o ganho obtido com a
venda de ações. Apesar da redução, ainda está acima da alíquota
(10%) que vigorava em 2001.
Alfredo Setubal, presidente da
Anbid, diz que, em relação às
ações, o mercado esperava uma
redução maior do IR -de 20%
para 10%-, mas a queda a 15%
mostra a boa vontade do governo.
Para o presidente da Bovespa,
Raymundo Magliano Filho, a redução da alíquota do IR para o
mercado de ações deve resultar
em mais participação das pessoas
físicas nos negócios da Bolsa.
Nos fundos de renda fixa, que
terão uma tabela progressiva de
reduções do IR conforme o prazo
em que a aplicação for mantida,
analistas afirmam que, por trás da
medida, pode estar a intenção do
governo de alongar sua dívida.
Colaborou a Folha Online
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