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Financiamento leva produção e venda de carros a novo recorde
Crédito para a aquisição de veículos novos aumenta 24%; metade das operações já é realizada em 36 meses ou mais
No acumulado do ano,
produção cresce 8%, e as
vendas no mercado interno,
31%; Anfavea diz que não há
preocupação com gargalos
DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA ON LINE
Ainda embaladas pela explosão do financiamento de veículos no Brasil, as montadoras
voltaram a bater, em julho, recordes de produção e vendas de
carros. A Anfavea (Associação
Nacional dos Fabricantes de
Veículos Automotores) anunciou ontem que no mês passado
foram produzidas 268,2 mil
unidades, alta de 20,3% em relação a julho de 2006.
No acumulado do ano, o aumento no número de carros
produzidos no país é de 8,4%.
Segundo Jackson Schneider,
presidente da entidade, o crescimento acelerado não traz a
preocupação de gargalos pois
ainda existe uma capacidade de
produção de mais de 3,5 milhões de unidades na indústria.
Além disso, segundo ele, a indústria de autopeças já aumentou a produção para atender a
demanda. O estoque das concessionárias, que era de 17 dias
em junho, passou a ser de 15
dias no mês passado. O das
montadoras caiu de 5 para 4
dias, na mesma comparação.
No mercado interno, foram
vendidas 217,4 mil unidades
(dados preliminares já haviam
sido divulgados), também um
recorde histórico e um aumento de 31,1% na comparação com
o mesmo mês do ano passado.
O acumulado entre janeiro e julho deste ano registrou 1,3 milhão de unidades vendidas,
uma outra marca histórica,
com crescimento de 26,6% em
relação ao ano passado.
O bom momento para a indústria automobilística no
mercado interno é ditado principalmente pela explosão dos
financiamentos de veículos.
De acordo com o que informou ontem a Anfavea, atualmente há R$ 71 bilhões disponíveis para financiamento de automóveis. No mesmo período de 2006, eram R$ 57,1 bilhões, ou seja, houve um crescimento do crédito de 24,3%.
Esse crescimento, afirmou o
presidente da Anfavea, permitiu que 49% dos financiamentos de veículos no mês passado
fossem para pagamento em 36
ou mais meses. No ano passado,
o percentual era de 34%.
Segundo o presidente da entidade, a inadimplência não
preocupa, por ainda se manter
em um nível considerado baixo
(de 3,2% no mês passado).
Os carros importados, segundo previsão da entidade, vão
responder neste ano por 10%
dos licenciamentos realizados
no país. As importações devem
ser de 230 mil unidades em
2007, ou seja, um crescimento
de 62% em relação ao ano passado. De acordo com Schneider, 65% desse total vêm de
países com os quais o Brasil
tem acordos comerciais, como
Argentina e México.
Em julho, o setor exportou
83,4 mil unidades, alta de 6,8%
em relação ao mesmo mês de
2006. Em valores, foi exportado US$ 1,17 bilhão, aumento de
7,9% ante junho e de 8,2% sobre o mesmo mês de 2006.
Flex chegam a 88%
Os veículos com motores tipo "flex fuel" (movidos a álcool
ou gasolina) representaram,
em julho, 88,3% das vendas de
veículos no mercado interno.
Foram 182,1 mil bicombustíveis, de um total de 217,3 mil
unidades vendidas no mês.
Foi a maior participação desde que as empresas passaram a
adotar a tecnologia. No ano, a
participação dos motores tipo
flex está em 84,4% dos carros.
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