|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FEBRE
Estado teme que a doença atinja o rebanho brasileiro
MS decreta "emergência sanitária" por suspeita de aftosa no Paraguai
HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
A fronteira do Brasil com o Paraguai, numa faixa de ao menos
mil km de extensão em Mato
Grosso do Sul, está desde a semana passada em "situação de emergência sanitária", decretada pelo
governo estadual, devido à suspeita de focos de febre aftosa no
país vizinho e ao risco de a doença
atingir o rebanho brasileiro.
O Exército montou ao menos
cinco barreiras, com 80 soldados,
para impedir a entrada de gado
paraguaio no Brasil por Mato
Grosso do Sul. Outras seis barreiras devem ser montadas.
No sábado passado, a Iagro
(Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), órgão do
governo estadual, apreendeu e
abateu 84 animais que vieram, segundo o secretário Estadual da
Produção, José Antônio Felício,
do Paraguai. A apreensão ocorreu
em Aral Moreira (360 km de
Campo Grande).
A situação de emergência sanitária foi decretada pelo governador José Orcírio Miranda dos
Santos, o Zeca do PT, em 31 de
agosto. Na região de fronteira há
1,4 milhão de cabeças de gado.
Neste ano, segundo Felício, o
Estado ainda não recebeu verba
do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)
para o combate à aftosa, embora
seja dono de 25 milhões de bovinos (o Brasil tem 186 milhões) e
responsável pela produção de
mais de 50% da carne brasileira
exportada, segundo a Acrissul
(Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul). O Estado é área
livre de aftosa com vacinação.
Na sexta-feira passada, o ministro Roberto Rodrigues (Agricultura) disse que liberará R$ 400 mil
para o combate à aftosa na fronteira com o Paraguai. O dinheiro
ficará com o Exército para reforçar a fiscalização na fronteira.
Texto Anterior: Para produtores, setor terá maior competitividade Próximo Texto: Feiras: Expointer cresce, mas não atinge estimativa Índice
|