São Paulo, terça-feira, 07 de setembro de 2004

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FEBRE

Estado teme que a doença atinja o rebanho brasileiro

MS decreta "emergência sanitária" por suspeita de aftosa no Paraguai

HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

A fronteira do Brasil com o Paraguai, numa faixa de ao menos mil km de extensão em Mato Grosso do Sul, está desde a semana passada em "situação de emergência sanitária", decretada pelo governo estadual, devido à suspeita de focos de febre aftosa no país vizinho e ao risco de a doença atingir o rebanho brasileiro.
O Exército montou ao menos cinco barreiras, com 80 soldados, para impedir a entrada de gado paraguaio no Brasil por Mato Grosso do Sul. Outras seis barreiras devem ser montadas.
No sábado passado, a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), órgão do governo estadual, apreendeu e abateu 84 animais que vieram, segundo o secretário Estadual da Produção, José Antônio Felício, do Paraguai. A apreensão ocorreu em Aral Moreira (360 km de Campo Grande).
A situação de emergência sanitária foi decretada pelo governador José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, em 31 de agosto. Na região de fronteira há 1,4 milhão de cabeças de gado.
Neste ano, segundo Felício, o Estado ainda não recebeu verba do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para o combate à aftosa, embora seja dono de 25 milhões de bovinos (o Brasil tem 186 milhões) e responsável pela produção de mais de 50% da carne brasileira exportada, segundo a Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul). O Estado é área livre de aftosa com vacinação.
Na sexta-feira passada, o ministro Roberto Rodrigues (Agricultura) disse que liberará R$ 400 mil para o combate à aftosa na fronteira com o Paraguai. O dinheiro ficará com o Exército para reforçar a fiscalização na fronteira.


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