São Paulo, sexta-feira, 07 de setembro de 2007

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Bolsa termina semana com baixa de 0,12%

Alta de 0,3% no pregão de ontem não evitou que Bovespa tivesse recuo na semana; dados americanos evitaram dia ruim

Dólar teve queda de 1,07% ontem e desceu a R$ 1,947; sem negócios hoje, devido ao feriado, mercado local pode ter segunda agitada

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A alta de 0,3% registrada pela Bolsa de Valores de São Paulo ontem não foi suficiente para levar o mercado acionário a terminar a semana com ganhos acumulados.
Na semana, o índice Ibovespa, que reúne as 63 ações da Bolsa, sofreu recuo de 0,12%. Dos papéis do índice, 41 terminaram a semana em baixa.
O dólar teve queda de 1,07% ontem, o que levou sua cotação a R$ 1,947, a mais baixa em duas semanas.
Os pregões abriram em terreno positivo, embalados por números que mostraram uma economia mais aquecida que o esperado nos EUA, com queda nos pedidos de seguro-desemprego e continuidade no ritmo de crescimento do setor de serviços no país em agosto.
Os últimos dados de vendas no varejo americano, incluindo grandes redes como o Wal-Mart, mostraram elevação acima das projeções -resultado recebido com otimismo.
O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, subiu 0,44%. A Bolsa eletrônica Nasdaq teve elevação de 0,32%. Em Londres, o mercado acionário também se valorizou, em 0,68%.
De negativo, pesquisa da MBA (associação americana de bancos de hipoteca) sinalizou que cresceu o número de americanos com chances de perder seus imóveis. A parcela de hipotecas que entraram em processo de execução subiu no segundo trimestre para 0,65%, sendo esse o patamar mais alto em 55 anos de pesquisa.
Ontem, o Fed manteve sua política de atuação no mercado, que tem sido tomada nas últimas semanas como forma de elevar a liquidez do sistema financeiro e evitar que as taxas de juros subam exageradamente. Em três atuações, o banco central dos EUA injetou US$ 31 bilhões no sistema bancário.
Com o mercado financeiro doméstico fechado hoje, devido ao feriado pelo Dia da Independência, eventuais oscilações mais intensas no exterior só repercutirão por aqui na segunda.
Ontem, a movimentação da Bovespa já foi menos forte. O pregão teve giro financeiro de R$ 3,97 bilhões -a média diária de agosto foi de R$ 5,4 bilhões.
A decisão do Copom, anunciada na noite de quarta-feira, pouco afetou as operações na Bovespa. O corte de 11,5% para 11,25% na taxa básica Selic era esperado pelo mercado.
No pregão da BM&F, as taxas dos contratos futuros de juros se ajustaram à nova Selic e tiveram pequenos recuos.
No contrato DI (Depósito Interfinanceiro) que vence no fim de outubro, a taxa recuou de 11,18% para 11,13%.
Agora o mercado está dividido quanto ao próximo passo da autoridade monetária. Já não há certeza entre analistas e investidores se haverá nova redução da Selic no encontro do Copom de 16 e 17 de outubro.
As taxas praticadas no mercado futuro ontem indicavam que cerca de 25% dos investidores contam com novo corte na próxima reunião do Copom.
A divulgação do IPCA de agosto, apurado pelo IBGE, trouxe mais dúvidas sobre o futuro dos juros. A taxa de inflação subiu de 0,24% em julho para 0,47% no mês passado.


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