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Bolsa termina semana com baixa de 0,12%
Alta de 0,3% no pregão de ontem não evitou que Bovespa tivesse recuo na semana; dados americanos evitaram dia ruim
Dólar teve queda de 1,07% ontem e desceu a R$ 1,947;
sem negócios hoje, devido ao feriado, mercado local
pode ter segunda agitada
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A alta de 0,3% registrada pela
Bolsa de Valores de São Paulo
ontem não foi suficiente para
levar o mercado acionário a terminar a semana com ganhos
acumulados.
Na semana, o índice Ibovespa, que reúne as 63 ações da
Bolsa, sofreu recuo de 0,12%.
Dos papéis do índice, 41 terminaram a semana em baixa.
O dólar teve queda de 1,07%
ontem, o que levou sua cotação
a R$ 1,947, a mais baixa em
duas semanas.
Os pregões abriram em terreno positivo, embalados por números que mostraram uma
economia mais aquecida que o
esperado nos EUA, com queda
nos pedidos de seguro-desemprego e continuidade no ritmo
de crescimento do setor de serviços no país em agosto.
Os últimos dados de vendas
no varejo americano, incluindo
grandes redes como o Wal-Mart, mostraram elevação acima das projeções -resultado
recebido com otimismo.
O índice Dow Jones, da Bolsa
de Nova York, subiu 0,44%. A
Bolsa eletrônica Nasdaq teve
elevação de 0,32%. Em Londres, o mercado acionário também se valorizou, em 0,68%.
De negativo, pesquisa da
MBA (associação americana de
bancos de hipoteca) sinalizou
que cresceu o número de americanos com chances de perder
seus imóveis. A parcela de hipotecas que entraram em processo de execução subiu no segundo trimestre para 0,65%,
sendo esse o patamar mais alto
em 55 anos de pesquisa.
Ontem, o Fed manteve sua
política de atuação no mercado,
que tem sido tomada nas últimas semanas como forma de
elevar a liquidez do sistema financeiro e evitar que as taxas
de juros subam exageradamente. Em três atuações, o banco
central dos EUA injetou US$ 31
bilhões no sistema bancário.
Com o mercado financeiro
doméstico fechado hoje, devido
ao feriado pelo Dia da Independência, eventuais oscilações
mais intensas no exterior só repercutirão por aqui na segunda.
Ontem, a movimentação da
Bovespa já foi menos forte. O
pregão teve giro financeiro de
R$ 3,97 bilhões -a média diária
de agosto foi de R$ 5,4 bilhões.
A decisão do Copom, anunciada na noite de quarta-feira,
pouco afetou as operações na
Bovespa. O corte de 11,5% para
11,25% na taxa básica Selic era
esperado pelo mercado.
No pregão da BM&F, as taxas
dos contratos futuros de juros
se ajustaram à nova Selic e tiveram pequenos recuos.
No contrato DI (Depósito Interfinanceiro) que vence no fim
de outubro, a taxa recuou de
11,18% para 11,13%.
Agora o mercado está dividido quanto ao próximo passo da
autoridade monetária. Já não
há certeza entre analistas e investidores se haverá nova redução da Selic no encontro do Copom de 16 e 17 de outubro.
As taxas praticadas no mercado futuro ontem indicavam
que cerca de 25% dos investidores contam com novo corte
na próxima reunião do Copom.
A divulgação do IPCA de
agosto, apurado pelo IBGE,
trouxe mais dúvidas sobre o futuro dos juros. A taxa de inflação subiu de 0,24% em julho
para 0,47% no mês passado.
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