|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Captações, como a nova da Gerdau, e exportações fazem dólar recuar 0,76% para R$ 2,865
Dólar cai para menor nível desde julho
DA REPORTAGEM LOCAL
A expectativa de novas captações de recursos no exterior por
empresas brasileiras e o fluxo positivo de dinheiro para o país levaram a mais uma queda do dólar
ontem. A moeda norte-americana encerrou o dia com queda de
0,76%, cotada a R$ 2,865 para
venda, no seu menor valor desde
16 de julho deste ano.
Contribuiu para a valorização
do real a notícia de que a Gerdau,
empresa do setor siderúrgico, está
preparando uma nova captação
externa no valor de US$ 50 milhões. O banco que está estruturando a operação é o Santander.
A empresa confirma por meio
de sua assessoria de imprensa que
estuda uma operação, mas nega
que já exista algo definido. Procurado pela Folha, o banco espanhol não quis comentar o assunto. Mas a própria instituição financeira enviou a notícia da captação em nota para o mercado
ontem na parte da manhã.
Segundo o relatório, a empresa
se prepara para fazer uma emissão de eurobônus no valor de US$
50 milhões, de um programa total
de US$ 300 milhões.
O "spread" (diferença entre a
taxa de captação e a de emissão)
esperado para a operação é de
4,375% ao ano e o prazo de 12 meses.
Segundo analistas, embora o
ritmo de captações externas venha caindo bastante, a continuação de um fluxo positivo de recursos para o país determina a queda
do dólar.
"Além das captações, o saldo da
balança comercial se mantém
bastante positivo", diz Alexandre
Maia, economista da Gap Asset
Management.
A Bolsa de Valores de São Paulo
(Bovespa) também continua sendo alvo de forte procura dos investidores, principalmente estrangeiros. Apesar da queda no
volume de negócios do patamar
de mais de R$ 1 bilhão dos últimos dias para R$ 828,5 milhões
ontem, a Bolsa fechou em alta de
1,08%. E atingiu novamente recorde em número de pontos:
17.273, o maior registrado desde
31 de janeiro de 2001.
De acordo com operadores do
mercado, grandes investidores
institucionais estrangeiros -como fundos de pensão- têm decidido aumentar sua exposição ao
Brasil. A vantagem desses recursos é que são menos voláteis.
Ontem, a taxa de juros projetada no mercado futuro para abril
de 2004 fechou praticamente estável a 17,9%.
Texto Anterior: Mercosul escolhe Duhalde como representante Próximo Texto: O vaivém das commodities Índice
|