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São Paulo, terça-feira, 07 de outubro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Captações, como a nova da Gerdau, e exportações fazem dólar recuar 0,76% para R$ 2,865

Dólar cai para menor nível desde julho

DA REPORTAGEM LOCAL

A expectativa de novas captações de recursos no exterior por empresas brasileiras e o fluxo positivo de dinheiro para o país levaram a mais uma queda do dólar ontem. A moeda norte-americana encerrou o dia com queda de 0,76%, cotada a R$ 2,865 para venda, no seu menor valor desde 16 de julho deste ano.
Contribuiu para a valorização do real a notícia de que a Gerdau, empresa do setor siderúrgico, está preparando uma nova captação externa no valor de US$ 50 milhões. O banco que está estruturando a operação é o Santander.
A empresa confirma por meio de sua assessoria de imprensa que estuda uma operação, mas nega que já exista algo definido. Procurado pela Folha, o banco espanhol não quis comentar o assunto. Mas a própria instituição financeira enviou a notícia da captação em nota para o mercado ontem na parte da manhã.
Segundo o relatório, a empresa se prepara para fazer uma emissão de eurobônus no valor de US$ 50 milhões, de um programa total de US$ 300 milhões.
O "spread" (diferença entre a taxa de captação e a de emissão) esperado para a operação é de 4,375% ao ano e o prazo de 12 meses.
Segundo analistas, embora o ritmo de captações externas venha caindo bastante, a continuação de um fluxo positivo de recursos para o país determina a queda do dólar.
"Além das captações, o saldo da balança comercial se mantém bastante positivo", diz Alexandre Maia, economista da Gap Asset Management.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) também continua sendo alvo de forte procura dos investidores, principalmente estrangeiros. Apesar da queda no volume de negócios do patamar de mais de R$ 1 bilhão dos últimos dias para R$ 828,5 milhões ontem, a Bolsa fechou em alta de 1,08%. E atingiu novamente recorde em número de pontos: 17.273, o maior registrado desde 31 de janeiro de 2001.
De acordo com operadores do mercado, grandes investidores institucionais estrangeiros -como fundos de pensão- têm decidido aumentar sua exposição ao Brasil. A vantagem desses recursos é que são menos voláteis.
Ontem, a taxa de juros projetada no mercado futuro para abril de 2004 fechou praticamente estável a 17,9%.


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