São Paulo, quinta-feira, 07 de outubro de 2004 |
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Gerdau prepara aquisição e pede crédito no BNDES para Açominas
GUILHERME BARROS NOVA INVESTIDA - Nós temos
uma posição já relativamente forte na América do Sul e, como estamos focados em ampliar nossa
atuação no continente americano, estamos analisando as opções
que existem. Nós estamos olhando opções no México e na América do Sul. A tendência é expandir
para países próximos ao Brasil.
Espero anunciar em breve uma
nova aquisição, mas nessas negociações nem sempre você é o dono das decisões. Essa nova aquisição pode ser tanto nos EUA como
na América do Sul. Não é a Gerdau que não pára. É o setor que
não pára. Nós temos que acompanhar essa tendência. Ou você
acompanha ou perde a posição. CONSOLIDAÇÃO NO BRASIL - No
Brasil, as empresas não têm problemas. Hoje, estão com bom fluxo de caixa. Os grupos brasileiros
são pequenos em relação ao cenário mundial. No mundo, os grupos falam em 40 milhões de toneladas, 30 milhões de toneladas,
enquanto no Brasil as dimensões
são pequenas. Não é um problema só da siderurgia, mas da economia toda. A economia brasileira é pequena, e as empresas são
do tamanho da economia. Foi por
isso que nós decidimos sair. Qualquer empresário que ficar só no
Brasil será pequeno no mundo. AQUISIÇÕES NOS EUA - Nós temos um programa de busca de
eficiência e produtividade que é
um trabalho de fôlego e de médio
prazo. Nós compramos essas empresas porque exigiam melhorias
e estavam em dificuldades. PERSPECTIVAS PARA O AÇO - Como se viu no seminário internacional do aço (realizado em Istambul), a demanda atual do aço
não vai cair, o que significa que a
matéria-prima continuará escassa e, nessa situação, o aço também
continuará escasso e os preços deverão continuar altos. CHINA EXPORTADORA - A China
não deverá se tornar uma exportadora significativa. A demanda
interna da China continuará elevada e, dessa forma, ainda será
uma importadora líquida de aço. POLÍTICA ECONÔMICA - A política
econômica está extremamente
sólida. O governo está conseguindo controlar a inflação, e o processo como um todo está equilibrado.Nós estamos tendo crescimento econômico sem artificialismo, o que é um ponto positivo,
e pouca gente tem notado isso. É a
primeira vez que crescemos sem
nenhum artificialismo. Normalmente o crescimento do Brasil
ocorria com um dólar extremamente barato ou com o aumento
do endividamento. JUROS - Os juros cresceram, mas
acho que tudo leva a crer que deverá voltar o processo de queda
dos juros. Se as commodities no
mundo pararem de pressionar, o
que acho que está acontecendo, a
pressão inflacionária cair e o risco-país continuar em queda, os
juros terão de baixar. Já está se
formando novamente um ambiente para as taxas de juros recuarem. IMPOSTOS - Toda a estrutura tributária no Brasil tem que melhorar. É uma caminhada lenta, mas
o Brasil precisa se ajustar a uma
realidade tributária competitiva. O jornalista Guilherme Barros viajou a Istambul a convite do grupo Gerdau Texto Anterior: Empresas: Emprego na indústria cresce mais que no Real Próximo Texto: Frase Índice |
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