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Para Amorim, regulamentação é "muito favorável"
ISABELLE MOREIRA LIMA
DA REDAÇÃO
O ministro das Relações
Exteriores, Celso Amorim,
afirmou na manhã de ontem
que vê "muito favoravelmente" a regulamentação
das salvaguardas contra a
China.
"Vi muito favoravelmente.
Era melhor que não fosse necessário. Mas, uma vez que
não foi possível chegar a um
acordo de autolimitação, a
publicação é o exercício de
um direito legal que a OMC
[Organização Mundial do
Comércio] especificamente
nos garante", afirmou, durante seminário da Associação Comercial de São Paulo
que discutiu oportunidades
de negócios entre Mercosul,
Índia e África do Sul.
Amorim disse que a salvaguarda não deve ser vista como uma retaliação contra a
China. "Nós estamos fazendo a mesma coisa que os Estados Unidos e a União Européia." Segundo o ministro, a publicação do decreto
não anula a continuidade
das negociações com o país.
A lista de produtos que serão afetados pelas salvaguardas não depende do governo, afirmou Amorim. De
acordo com ele, a iniciativa
de decidir o que entra no
grupo "cabe aos interessados que estejam sendo atingidos". "Eu acredito que na
área têxtil certamente haverá
muitos casos."
Ainda sobre a China, o ministro disse que acredita que
"o Brasil não deve voltar
atrás" e deixar de reconhecer
o país como economia de
mercado.
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