São Paulo, sexta-feira, 07 de outubro de 2005

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Funcionários do BNDES param por 24 horas

DA SUCURSAL DO RIO

No mesmo dia em que começou a greve nacional dos bancários, os funcionários do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) realizaram uma paralisação de advertência de 24 horas.
Segundo o presidente da associação dos funcionários do BNDES, Roberto Kallas, o protesto ontem foi contra a intransigência da administração do banco no que diz respeito à negociação coletiva de 2005.
Hoje, os 1.900 funcionários voltam normalmente ao trabalho, mas foi aprovada em assembléia a permanência do estado de greve. Isso significa que, a qualquer momento, os funcionários podem entrar em greve ou realizar novas paralisações.
As principais reivindicações dos trabalhadores no BNDES são a isonomia entre os funcionários, a manutenção da paridade entre ativos e aposentados, a concessão do auxílio ensino fundamental e um abono especial de 2,5 salários de setembro.
Já foram realizadas seis reuniões entre a administração do BNDES e a comissão de negociação dos empregados. O banco fez algumas contrapropostas, mas ainda não se chegou a um acordo. Na próxima terça-feira, haverá outra rodada de negociações e uma nova assembléia.
Kallas critica a atitude da administração do banco, em especial a do seu presidente, Guido Mantega. "A negociação tem sido burocrática. O presidente Mantega é, em geral, ausente e mantém a atitude de quando foi ministro do Planejamento, de segurar o orçamento", afirmou.
Em nota, o BNDES lamentou a decisão de paralisação e disse que ainda não se "esgotou o processo de negociação em andamento, tendo em vista o acordo coletivo de trabalho de 2005".
Ontem, só trabalharam os funcionários das áreas consideradas essenciais, como câmbio e informática, além de diretores e superintendentes. Kallas informou que não houve repressão à greve e que o movimento ocorreu de forma civilizada.


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