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INDICADORES
Risco maior de terrorismo nos EUA reduz queda do dólar a 0,19%; Bovespa cai 1,75%, para o menor nível no ano
Alerta laranja deixa mercados no vermelho
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar das notícias consideradas positivas no cenário interno, a
semana terminou negativa para o
câmbio e a Bolsa de Valores de
São Paulo em razão dos fatos do
exterior.
O dólar fechou em baixa de
0,19%, cotado a R$ 3,585. Mas na
semana a alta da moeda foi de
1,99%. O Ibovespa caiu 1,75% e foi
para os 10.380 pontos, o menor
nível do ano. Na semana, a queda
foi de 5,1%.
Os analistas consideraram que
o aumento do superávit primário,
de 3,75% no ano passado para
4,25% em 2003, foi positivo e reforça os compromissos do governo com a austeridade fiscal e o
cumprimento dos contratos.
Entretanto o anúncio foi feito
no final da tarde e, como já era esperado, praticamente não afetou
as negociações.
"O aumento feito pelo Palocci
foi dentro do previsto, e por isso
seu efeito foi praticamente neutro. As medidas não devem alterar o andamento do mercado no
curto prazo", disse Vladimir Caramaschi, economista da corretora Fator Doria Atherino.
Segundo ele, mais importante
do que o anúncio sobre o superávit é a continuidade da busca pelas reformas previdenciária, trabalhista e tributária.
As notícias internacionais, principalmente dos Estados Unidos,
também continuam a preocupar
os investidores.
Durante a manhã, o dólar chegou a cair mais fortemente em razão da divulgação dos dados de
desemprego dos EUA, que foram
melhores do que o esperado.
Mas, quando o governo anunciou a elevação do nível de alerta
do país de "amarelo" (risco elevado) para "laranja" (alto risco), aumentou a demanda por dólares e
a queda perdeu força.
No lado positivo, o Bradesco
confirmou mais uma captação
externa, a terceira desde o início
do ano. A operação concluída ontem foi de US$ 150 milhões, três
vezes mais do que o banco havia
ofertado no início.
Todos os dez papéis mais negociados na Bovespa encerraram o
dia em queda. A Petrobras, que
subia fortemente no início do pregão com as notícias positivas sobre a produção de petróleo, inverteu a tendência e fechou em queda de 0,99%. As maiores baixas do
dia foram Light ON (8,1%) e Embratel Participações ON (7,0%). A
maior alta foi a ação PNA da Braskem (2,3%).
(GEORGIA CARAPETKOV)
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