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São Paulo, sábado, 08 de fevereiro de 2003

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Risco maior de terrorismo nos EUA reduz queda do dólar a 0,19%; Bovespa cai 1,75%, para o menor nível no ano

Alerta laranja deixa mercados no vermelho

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar das notícias consideradas positivas no cenário interno, a semana terminou negativa para o câmbio e a Bolsa de Valores de São Paulo em razão dos fatos do exterior.
O dólar fechou em baixa de 0,19%, cotado a R$ 3,585. Mas na semana a alta da moeda foi de 1,99%. O Ibovespa caiu 1,75% e foi para os 10.380 pontos, o menor nível do ano. Na semana, a queda foi de 5,1%.
Os analistas consideraram que o aumento do superávit primário, de 3,75% no ano passado para 4,25% em 2003, foi positivo e reforça os compromissos do governo com a austeridade fiscal e o cumprimento dos contratos.
Entretanto o anúncio foi feito no final da tarde e, como já era esperado, praticamente não afetou as negociações.
"O aumento feito pelo Palocci foi dentro do previsto, e por isso seu efeito foi praticamente neutro. As medidas não devem alterar o andamento do mercado no curto prazo", disse Vladimir Caramaschi, economista da corretora Fator Doria Atherino.
Segundo ele, mais importante do que o anúncio sobre o superávit é a continuidade da busca pelas reformas previdenciária, trabalhista e tributária.
As notícias internacionais, principalmente dos Estados Unidos, também continuam a preocupar os investidores.
Durante a manhã, o dólar chegou a cair mais fortemente em razão da divulgação dos dados de desemprego dos EUA, que foram melhores do que o esperado.
Mas, quando o governo anunciou a elevação do nível de alerta do país de "amarelo" (risco elevado) para "laranja" (alto risco), aumentou a demanda por dólares e a queda perdeu força.
No lado positivo, o Bradesco confirmou mais uma captação externa, a terceira desde o início do ano. A operação concluída ontem foi de US$ 150 milhões, três vezes mais do que o banco havia ofertado no início.
Todos os dez papéis mais negociados na Bovespa encerraram o dia em queda. A Petrobras, que subia fortemente no início do pregão com as notícias positivas sobre a produção de petróleo, inverteu a tendência e fechou em queda de 0,99%. As maiores baixas do dia foram Light ON (8,1%) e Embratel Participações ON (7,0%). A maior alta foi a ação PNA da Braskem (2,3%).
(GEORGIA CARAPETKOV)


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