|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Governo emite US$ 750 mi em títulos em reais e consegue taxa mais baixa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo brasileiro emitiu
ontem, pela quinta vez, um título da dívida externa cujo valor é fixado em reais. Na operação, o Tesouro Nacional contraiu um empréstimo de R$ 1,5
bilhão -US$ 750 milhões- e se
comprometeu a pagar juros de
10,68% ao ano até o vencimento dos papéis, em 2028.
Foi a segunda emissão de bônus no mercado internacional
neste ano. A transação foi coordenada pelos bancos JP Morgan e UBS, com apoio do Itaú e
do Banco do Brasil.
Desde o ano passado, o governo tem priorizado a emissão
de títulos da dívida externa em
reais, que, em tese, oferecem
menos riscos do que os bônus
em dólar, pois permitem que a
dívida pública seja menos afetada por eventuais oscilações
na cotação da moeda dos Estados Unidos.
Além disso, o Tesouro tem
usado os títulos em reais para
estender os prazos da dívida.
Normalmente, o investidor estrangeiro se mostra mais disposto a aplicar em papéis com
vencimentos mais distantes do
que o investidor nacional.
No mercado doméstico, os títulos públicos prefixados com
prazo mais longo vencem em
2014. O bônus emitido ontem,
com vencimento em 2028, é o
título denominado em reais
com prazo mais longo entre os
já emitidos pelo Tesouro.
Além disso, a taxa de juros de
10,68% ao ano também é a mais
baixa já paga por um título em
reais. Por um lado, isso facilita a
administração da dívida pública, pois o valor dos encargos a
serem pagos até 2028 já é conhecido hoje.
Por outro lado, caso os juros
praticados no Brasil caiam para
menos que esses 10,68% ao longo dos próximos anos, o negócio terá sido financeiramente
desvantajoso para o governo.
Texto Anterior: Queda no Brasil é a maior da AL desde 2003 Próximo Texto: Paulo Nogueira Batista Jr.: Impotência do Banco Central? Índice
|