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RIQUEZA AMERICANA
Greenspan faz seu discurso mais positivo desde que país entrou em recessão; mercado prevê aumento de juros
EUA estão bem encaminhados, afirma Fed
DA REDAÇÃO
Em seu discurso mais positivo
desde que os EUA entraram em
recessão, no ano passado, o presidente do Federal Reserve (Banco
Central norte-americano), Alan
Greenspan, afirmou ontem que a
expansão econômica está "bem
encaminhada".
Falando à Comissão de Finanças do Senado dos EUA, Greenspan fez uma análise mais otimista
do que a feita na Câmara, na semana passada. Ainda que ontem
tenha feito menos ressalvas à recuperação, o tom do testemunho
foi praticamente o mesmo.
"Evidências recentes sugerem,
cada vez mais, que a expansão está bem encaminhada, ainda que
uma série de influências particulares a esse ciclo econômico provavelmente tornarão o ritmo da
recuperação menos intenso", afirmou o presidente do Fed.
Com havia feito na semana passada, Greenspan disse ontem que
o Fed espera, para este ano, um
crescimento econômico entre
2,5% e 3%. No ano passado, o PIB
(Produto Interno Bruto) norte-americano se expandiu em 1,2%,
o ritmo mais fraco desde 1991,
quando o país enfrentou o seu último ciclo recessivo.
As boas notícias econômicas e o
recente otimismo de Greenspan
já fazem com que muitos economistas estimem a taxa de juros seja elevada em breve. O aumento
poderia ocorrer no próximo dia
19, quando ocorre a reunião do
conselho de política do Fed.
Ao longo do ano passado, o Federal Reserve fez 11 cortes nos juros, derrubando-os para 1,75%
-a menor taxa em 40 anos e praticamente abaixo da inflação. Para analistas, o medo de injetar
combustível na inflação deve fazer com que as autoridades monetárias do país comecem a aumentar os juros.
Embora mais decidido em sua
análise sobre a recuperação,
Greenspan mostrou-se preocupado com alguns aspectos. O investimento das empresas, destacou,
continua tímido.
"O investimento no setor de comunicações, cujo excesso de capacidade era substancial, ainda
mostra poucos sinais de que esteja se recuperando", disse o presidente do Fed. "Alguns outros setores, como o de aviação, atingido
pela queda nas viagens, devem
permanecer fracos neste ano."
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