São Paulo, sexta-feira, 08 de março de 2002

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Câmara aprova novos cortes nos impostos

DA REDAÇÃO

A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou ontem um pacote de estímulo à economia que prevê novos cortes nos impostos do país em conjunto com um aumento dos benefícios aos desempregados. O projeto foi aprovado com maioria quase absoluta pelos deputados, com 417 votos a favor e apenas 3 contra.
Entre as medidas do pacote está a redução de impostos para as empresas que investirem em novas fábricas e equipamentos e um aumento de 13 semanas no pagamento do seguro-desemprego, que atualmente é de 26 semanas.
Agora, a medida deve ser encaminhada ao Senado para aprovação antes de entrar em vigor.
O senador Tom Daschle, líder da maioria Democrata (oposição ao governo), disse ontem que vai evitar julgamentos até que os detalhes do pacote sejam examinados. Mesmo assim, ele afirmou que a decisão da Câmara parece "merecer o apoio" do Senado.
A votação veio logo após o discurso do presidente do Fed (o BC americano), Alan Greenspan, no Comitê Bancário do Senado, no qual afirmou que uma recuperação econômica "está em curso".
"Duvido muito que a economia, caso não receba mais ajuda, piore mais", disse Greenspan. Os formuladores do projeto, do Partido Republicano, disseram, porém, que as medidas ajudariam setores que efetivamente precisam de assistência.
Ainda no dia anterior, o Departamento de Orçamento do Congresso havia dito que o ritmo acelerado de recuperação econômica deveria melhorar um pouco as expectativas para o Orçamento.
Segundo o diretor do departamento, a força da recuperação econômica poderia garantir mais de US$ 100 bilhões a mais na estimativa de superávit para a próxima década, que chegaria a US$ 2,38 trilhões.
Funcionários da Casa Branca, que apóia o projeto, disseram que as últimas projeções do Orçamento são provas de que o corte de impostos realizado pelo presidente George W. Bush no ano passado estava ajudando a economia a se recuperar.
O porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, afirmou que caso as medidas passem no Senado Bush deverá sancionar o pacote. "É um compromisso", disse Fleischer.


Com agências internacionais

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