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São Paulo, terça-feira, 08 de abril de 2003

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Exportações até a 1ª semana de abril subiram 24,6% de 2002 para 2003

Em menos de cem dias, país faz superávit de US$ 4 bi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com os resultados da primeira semana de abril, a balança comercial brasileira acumula desde janeiro -exatos 96 dias- superávit de US$ 4,01 bilhões. No mesmo período de 2002, as exportações haviam superado as importações em US$ 1,071 bilhão, quase 25% do resultado deste ano.
Nos primeiros quatro dias úteis deste mês, o país exportou US$ 1,025 bilhão e importou US$ 778 milhões. O saldo comercial foi de US$ 247 milhões. O aumento das exportações continua sendo a explicação para os bons resultados.
Do início de janeiro até a primeira semana de abril, o Brasil vendeu US$ 16,07 bilhões, 24,6% a mais que no mesmo período do ano passado, quando as exportações somaram US$ 12,815 bilhões.
As importações também estão crescendo, mas num ritmo muito menor que as exportações. Desde janeiro, o país comprou do mundo US$ 12,06 bilhões, 2,7% a mais que no mesmo período de 2002.
As vendas externas estão superando, desde o início do ano, as expectativas do próprio ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan. O ministro estabeleceu a meta de exportar neste ano US$ 66 bilhões, quase 10% a mais que no ano passado.
Furlan, no entanto, já fala em rever para cima sua estimativa. Só não o fez porque os impactos da guerra contra o Iraque na economia mundial e nas exportações brasileiras ainda são incertos.
Na primeira semana de abril, as exportações que mais cresceram foram as de semimanufaturados (61,5%), como ferro, celulose, peles e couro.
Os produtos cujas importações mais aumentaram foram borracha, cereais e equipamentos elétricos e eletrônicos.

Inflação esperada
O mercado reduziu ligeiramente suas projeções para a inflação deste ano, segundo consulta feita pelo Banco Central num grupo de cem bancos e empresas de consultoria. Segundo esse levantamento, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deve registrar alta de 12,22%, contra 12,26% na pesquisa divulgada na semana passada. A meta de inflação para este ano é de 8,5%.

Dólar a R$ 3,50
Nas estimativas captadas pela pesquisa do BC, o dólar deve fechar o ano em R$ 3,50. Há um mês, projetava-se R$ 3,65.
A pesquisa mostra ainda que, para o mercado, a queda do dólar não deverá afetar o resultado da balança comercial. A projeção para o superávit esperado para este ano passou de US$ 16,2 bilhões para US$ 16,4 bilhões.


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