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CURTO-CIRCUITO
Para presidente do BNDES, investimento escasso é empecilho
Falta energia para PIB crescer, diz Lessa
DA SUCURSAL DO RIO
DA FOLHA ONLINE
O presidente do BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social), Carlos Lessa, afirmou que a falta de investimentos em infra-estrutura, na última década, se transformará em
empecilho para o crescimento da
economia, caso não seja mudada.
Como um dos exemplos, ele
disse que pode faltar energia para
sustentar um crescimento de 4%
ao ano na produção industrial
brasileira -índice que considera
"pífio" para as necessidades do
país. "Nem precisa repetir 7%, como foi até o final dos anos 70. Se
crescer 4%, em pouco tempo haverá falta de energia."
Em seminário na Câmara Americana de Comércio de São Paulo,
Lessa afirmou que pretende
transformar o BNDES em um
banco de desenvolvimento. Para
ele, na gestão FHC, a instituição
foi um banco de investimento.
A preocupação com a falta de
energia também esteve presente
em declarações de empresários.
O presidente do grupo Votorantim, Antônio Ermírio de Moraes, disse ontem que o governo
precisa colocar em prática um
plano emergencial de investimentos para o setor elétrico.
Segundo ele, se não forem feitos
investimentos agora, o país poderá passar por um novo apagão
dentro de dois anos.
"Eu já havia alertado o governo
passado sobre a necessidade de
planejamento de investimentos
para ampliação da capacidade
energética do país", disse ele.
Estagnação
O presidente da Siemens, Adilson Antonio Primo, foi mais crítico e disse que só não está faltando
energia agora porque a economia
está estagnada.
"Não é verdade que temos energia sobrando. Só existe folga porque a economia está parada.
Quando o mercado voltar a crescer, precisaremos de mais energia", afirmou Primo.
Segundo ele, o governo precisa
definir imediatamente uma política de planejamento de longo
prazo para o setor elétrico, que
deve enfrentar um novo apagão
em dois anos se nenhuma medida
for adotada.
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