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São Paulo, terça-feira, 08 de abril de 2003

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Governo atenua queda de subsídio para a indústria

DA REPORTAGEM LOCAL

Para evitar inflação e queda nas exportações, o governo decidiu atenuar a redução do subsídio pago pelo consumidor residencial de energia à indústria.
A ministra Dilma Rousseff (Minas e Energia) afirmou ontem, após reunião na Fiesp, que o subsídio -que seria reduzido 25% anualmente de 2004 a 2007- cairá 10% neste ano.
O decreto que determinou a mudança, válido a partir de hoje, prevê a princípio reduções maiores ao longo de cinco anos: em 2004, a redução será de 15%; em 2005, 2006, e 2007, de 25%.
Atualmente, como em diversos lugares do mundo, o consumidor brasileiro subsidia, ou seja, paga parte da conta de energia da indústria. Essa é uma forma de o governo incentivar a produção e tornar o país mais atraente a multinacionais.
Como houve vários reajustes nos últimos anos nas tarifas de energia por conta da crise no setor elétrico, o governo decidiu diminuir esse subsídio, desonerando o consumidor.
No entanto, após pressão da indústria e preocupado com as consequências de uma redução mais drástica, o governo decidiu atenuar e prolongar essa redução. "Quando se eleva a tarifa da indústria, pode haver impacto sobre o desemprego. O reajuste não pode ser feito de uma vez só. O benefício ao consumidor residencial será pequeno, mas ainda assim é benefício", afirmou Dilma.
Segundo ela, durante este ano será avaliado o impacto que a redução no subsídio do consumidor residencial trará aos Estados. "Vamos estudar a necessidade de metodologias diferentes de cobrança em diferentes Estados, já que cada um tem suas particularidades."


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