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Governo atenua queda de subsídio para a indústria
DA REPORTAGEM LOCAL
Para evitar inflação e queda
nas exportações, o governo decidiu atenuar a redução do subsídio pago pelo consumidor residencial de energia à indústria.
A ministra Dilma Rousseff
(Minas e Energia) afirmou ontem, após reunião na Fiesp, que
o subsídio -que seria reduzido 25% anualmente de 2004 a
2007- cairá 10% neste ano.
O decreto que determinou a
mudança, válido a partir de hoje, prevê a princípio reduções
maiores ao longo de cinco
anos: em 2004, a redução será
de 15%; em 2005, 2006, e 2007,
de 25%.
Atualmente, como em diversos lugares do mundo, o consumidor brasileiro subsidia, ou
seja, paga parte da conta de
energia da indústria. Essa é
uma forma de o governo incentivar a produção e tornar o país
mais atraente a multinacionais.
Como houve vários reajustes
nos últimos anos nas tarifas de
energia por conta da crise no
setor elétrico, o governo decidiu diminuir esse subsídio, desonerando o consumidor.
No entanto, após pressão da
indústria e preocupado com as
consequências de uma redução
mais drástica, o governo decidiu atenuar e prolongar essa redução. "Quando se eleva a tarifa da indústria, pode haver impacto sobre o desemprego. O
reajuste não pode ser feito de
uma vez só. O benefício ao consumidor residencial será pequeno, mas ainda assim é benefício", afirmou Dilma.
Segundo ela, durante este ano
será avaliado o impacto que a
redução no subsídio do consumidor residencial trará aos Estados. "Vamos estudar a necessidade de metodologias diferentes de cobrança em diferentes Estados, já que cada um tem
suas particularidades."
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