São Paulo, quinta-feira, 08 de abril de 2004

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Alencar volta a fazer críticas às taxas de juros

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O vice-presidente da República, José Alencar, voltou ontem a defender mudanças na política de juros ao afirmar que as altas taxas praticadas no país elevam os custos de capital e impedem, por conseqüência, a remuneração das atividades produtivas.
Na próxima semana, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) se reúne para decidir se altera a taxa básica de juros, a Selic, em 16,25% ao ano desde o mês passado.
Questionado sobre o endividamento de alguns Estados com a União, Alencar defendeu a aprovação, pelo Congresso, de projeto proposto por ele quando era senador e que reduz de 13% para 5% o comprometimento das receitas correntes líqüidas dos Estados com amortizações de dívidas com a União.
"O Orçamento é estreito para todos, para União, Estados e municípios. A única forma que nós temos [de aumentar os recursos disponíveis] é, em vez de continuar esse estreitamento, alargar as finanças, fazer crescer, e fazer crescer é com investimento, e esses investimentos exigem mudanças nas economia, especialmente no que diz respeito aos custos de capital", disse Alencar.
O vice esteve ontem na capital mineira, onde almoçou com o prefeito Fernando Pimentel (PT) na sede de sua empresa, a Coteminas.

Entraves
Segundo Alencar, o alto custo do capital no país impede que os investimentos venham na proporção necessária ao crescimento sustentado.
"O Brasil precisa crescer a altas taxas, e não está crescendo a altas taxas porque as atividades produtivas, repito, não conseguem remunerar os custos de capital", afirmou o vice-presidente.
Sobre a persistência do desemprego, Alencar afirmou que "o problema social, de um modo geral, reflete os problemas que são oriundos da economia".


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