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Alencar volta a fazer críticas às taxas de juros
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM BELO HORIZONTE
O vice-presidente da República, José Alencar, voltou
ontem a defender mudanças
na política de juros ao afirmar que as altas taxas praticadas no país elevam os custos de capital e impedem,
por conseqüência, a remuneração das atividades produtivas.
Na próxima semana, o Copom (Comitê de Política
Monetária do Banco Central) se reúne para decidir se
altera a taxa básica de juros,
a Selic, em 16,25% ao ano
desde o mês passado.
Questionado sobre o endividamento de alguns Estados com a União, Alencar
defendeu a aprovação, pelo
Congresso, de projeto proposto por ele quando era senador e que reduz de 13%
para 5% o comprometimento das receitas correntes líqüidas dos Estados com
amortizações de dívidas
com a União.
"O Orçamento é estreito
para todos, para União, Estados e municípios. A única
forma que nós temos [de aumentar os recursos disponíveis] é, em vez de continuar
esse estreitamento, alargar
as finanças, fazer crescer, e
fazer crescer é com investimento, e esses investimentos
exigem mudanças nas economia, especialmente no
que diz respeito aos custos
de capital", disse Alencar.
O vice esteve ontem na capital mineira, onde almoçou
com o prefeito Fernando Pimentel (PT) na sede de sua
empresa, a Coteminas.
Entraves
Segundo Alencar, o alto
custo do capital no país impede que os investimentos
venham na proporção necessária ao crescimento sustentado.
"O Brasil precisa crescer a
altas taxas, e não está crescendo a altas taxas porque as
atividades produtivas, repito, não conseguem remunerar os custos de capital", afirmou o vice-presidente.
Sobre a persistência do desemprego, Alencar afirmou
que "o problema social, de
um modo geral, reflete os
problemas que são oriundos
da economia".
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