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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Fiocca anuncia números recordes no dia de sua despedida do BNDES
Demian Fiocca, presidente
do BNDES, deverá fechar seu
período à frente da instituição
com chave de ouro. Amanhã, o
presidente Lula deverá se reunir com o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, para
discutir a troca de guarda no
BNDES. Nesse mesmo dia,
Fiocca irá anunciar números
recordes do desempenho do
banco. Nunca o BNDES emprestou tanto dinheiro.
Os números a serem apresentados por Fiocca impressionam. Nos últimos 12 meses até
março, os desembolsos chegaram perto de R$ 60 bilhões,
uma marca que vem sendo perseguida pelo banco desde o início do governo Lula e que sempre pareceu muito distante de
ser atingida. Só de março para
fevereiro, os desembolsos cresceram 80%.
Também espantam os valores a serem anunciados de
aprovações, enquadramentos e
consultas. Os números correspondentes a esses itens praticamente triplicaram de fevereiro para março.
Chama a atenção principalmente o desempenho das consultas, um dos melhores termômetros da economia para indicar a disposição do empresariado em fazer novos investimentos. Até fevereiro, as consultas
já somavam R$ 108,9 bilhões
nos últimos 12 meses. No novo
número, até março, devem somar cerca de R$ 120 bilhões,
praticamente o dobro dos
R$ 60 bilhões que o BNDES tinha estabelecido como meta de
desembolso para o ano.
Os números do BNDES refletem evidentemente o bom momento que a economia atravessa no momento. Todos os indicadores são extremamente favoráveis, e no BNDES não seria
diferente. Ao anunciar esses
números recordes, Fiocca não
deixará de reconhecer o vento a
favor da economia, mas também vai deixar claro que parte
desses recordes se deve também à gestão do banco.
Se for concretizada a troca de
guarda no banco, o sucessor de
Fiocca irá ter uma vida bem facilitada. Trata-se de o melhor
momento da história do banco.
INVESTIMENTO D'ALÉM-MAR
Depois de comprar o Praia do Forte Ecoresort e Thalasso
Spa e da operação de private equity na empresa paranaense
Providência, o grupo português Espírito Santo mira em novas direções. Presidido por Ricardo Espírito Santo, o BES
Investimento, braço financeiro e bancário do grupo no Brasil, foca em investimentos em infra-estrutura e serviços sob
concessão, como estradas. A perspectiva, ainda na fase de
estudos, é captar recursos aqui e lá fora, principalmente na
península ibérica, e formar fundos de investimentos para fechar os negócios. O grupo atua no mercado brasileiro desde
os anos de 1970 e tem 7% de participação em ações ordinárias no Bradesco e 9,7% na Bradespar.
DAS ARÁBIAS
O Arábia chega a seus 20 anos com o plano de dobrar a
carteira de clientes em 2007. A empresa, que começou como restaurante apenas, hoje tem uma rotisserie nos Jardins (SP) e fornece produtos para outras companhias, supermercados e delicatessens, além da fazer serviço de
buffet. Entre os clientes, estão desde o Banco Central até
o consulado americano, além de hospitais e clubes.
CONSUMO DE PÁSCOA
Mais da metade da população brasileira pretende
comprar ovos de chocolate
nesta Páscoa. O percentual
que vai comprar ovos chega
a 55%. Entre os principais
consumidores estão os homens, com idade entre 25 e
35 anos e renda familiar superior a R$ 1.801. As informações são do Ipsos.
USINAS
O grupo Equipav investirá
US$ 250 milhões na construção de duas usinas, uma
em Chapadão do Sul (MS) e
outra em Chapadão do Céu
(GO). As novas unidades deverão processar mais de 9
milhões de toneladas de cana-de-açúcar, com previsão
de início de operações para
2009 e 2010. O grupo já tem
uma usina em funcionamento em Promissão (SP) e
outra em fase final de construção em Brejo Alegre (SP).
SHOPPING
As marcas Mr. Cat, Pepper
e Seletti entram no mix de
lojas do Shopping Villa-Lobos neste ano.
INDÚSTRIA
A Fiesp lança amanhã o site "Atlas de Competitividade da Indústria Paulista". O
levantamento reúne informações detalhadas dos 645
municípios e de 287 segmentos da indústria paulista. De acordo com o material, somente dez municípios são responsáveis por
61% do valor adicionado da
indústria do Estado. São eles
São Paulo, Campinas, Guarulhos, São Bernardo, Jundiaí, Osasco, São José dos
Campos, Santo André, Sorocaba e Mogi das Cruzes, onde cerca de 20% da mão-de-obra industrial tem curso
superior. Os dois maiores
salários médios pagos pela
indústria estão em São José
dos Campos (R$ 3.469,89) e
Gavião Peixoto (R$
2.986,02), onde se concentram as plantas da Embraer.
INFRA-ESTRUTURA
A Abdib prepara uma nova
pesquisa sobre agências reguladoras nas áreas de infra-estrutura, desta vez para saber a avaliação que as empresas fazem do desempenho operacional dessas instituições.
com ISABELLE MOREIRA e JOANA CUNHA
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