São Paulo, sábado, 08 de maio de 2004

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VAREJO

Fecomercio aponta expansão de 1,4% sobre 2003

Na véspera do Dia das Mães, vendas sobem e animam comércio de SP

Ciete Silvério/Folha Imagem
Fachada de loja em shopping de SP; Fecomercio SP estima alta nas vendas para o Dia das Mães


DA REPORTAGEM LOCAL

Hoje é o último dia para as lojas aumentarem as suas vendas para o Dia das Mães e as expectativas estão um pouco mais otimistas.
Até o momento, representantes de shopping centers e do comércio paulista previam até estagnação nas vendas. Ontem, a Fecomercio SP informou que ocorreu um aumento de 1,4% nas vendas reais realizadas no mês de maio -até o dia 6- em relação a igual período do ano passado.
Na avaliação de economistas da entidade, o maior número de campanhas promocionais e a expansão nos prazos de pagamento ajudaram a levar o consumidor para as lojas. A Fecomercio SP prevê elevação de 3% a 4% no faturamento real das lojas neste ano, em relação a 2003. Isso pode ocorrer, afirma ela, se as compras de última hora ganharem fôlego.
Pesquisa da entidade realizada nesta semana mostra que 81% dos 140 pontos-de-venda ouvidos estão promovendo descontos nos preços para expandir o consumo nesta época. O restante (19%) afirma que não optou por esse caminho. Foram pesquisadas lojas na Grande São Paulo.
Pelo levantamento da entidade, o grupo dos semiduráveis (roupas e calçados) é o que registra melhor resultado, com alta de 3,6% nas vendas sobre 2003. Em segundo lugar estão os itens duráveis (eletrônicos e móveis), com alta de 3,1%. O pior desempenho está na área de não-duráveis (alimentos), com queda de 2,2%
Historicamente, pelo perfil dos compradores, o setor de semiduráveis tende a registrar melhores níveis de consumo no período.
As estimativas já divulgadas sobre as vendas se referem a determinados setores ou regiões e, portanto, podem parecer contraditórias ou, no mínimo, registrarem estimativas díspares.
Apenas o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apresentará o resultado nacional do varejo para a época. Isso deve ocorrer só em junho.
A Alshop, que representa os shopping centers no país, informou que espera uma elevação nominal de 3% a 5% nas vendas para o Dia das Mães em 2004 em relação ao ano anterior. Ao descontar a inflação, a expectativa é de um "crescimento zero" ou retração.
Nesse caso, as contas são realizadas com base no desempenho de um determinado grupo de lojas em todo o Brasil. Já pelos dados da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), que reúne expectativas do varejo da capital paulista, é esperado "um leve aumento nas vendas reais, que ainda não devem recuperar as perdas de 2003", diz Marcel Solimeo, economista da entidade.
Já a Fecomercio SP engloba as estimativas do comércio no Estado de São Paulo e, em alguns momentos, da capital.
Em sondagem realizada pela Fecomercio com 800 consumidores na última semana, 87,3% dos entrevistados pretendem comprar presentes para as mães. Em 2003, 58,28% afirmavam o mesmo. A maioria pretende pagar no cartão de crédito. Ou seja, irá postergar o pagamento. (AM)


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