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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
BC já tem estudos prontos para baixar o compulsório
O Banco Central já está com
todos os estudos praticamente
concluídos sobre como se dará
a redução do recolhimento
compulsório sobre os depósitos
bancários. Isso ficou claro num
seminário fechado realizado
ontem, em São Paulo, entre diretores e técnicos do Banco
Central e economistas de diversas tendências.
Os técnicos do BC apresentaram estudos acadêmicos mostrando que a redução do compulsório irá provocar uma queda importante sobre os juros.
Estavam presentes ao seminário, e pelo Banco Central, os diretores Gustavo Mattos e Paulo
Cavalheiro e os chefes de departamento Altamir Lopes e
Carlos Hamíltom, além de diversos técnicos.
O seminário era para discutir
risco bancário e estabilidade financeira, mas o que mais chamou a atenção dos economistas
foram os trabalhos sobre o
compulsório. Há pouco tempo,
esse assunto não estava na pauta das prioridades do BC.
Ficou claro, para uma boa
parte dos economistas, que o
Banco Central irá começar o
processo de redução do recolhimento compulsório com a
eliminação das alíquotas adicionais criadas no auge da crise
de 2002 -de 8% sobre os depósitos à vista e a prazo e de 10%
sobre a poupança, que hoje não
fazem mais sentido. Uma aberração, na opinião de um economista presente.
Essas alíquotas foram criadas no apagar das luzes do governo FHC, quando o BC começou a ter dificuldades de
captar recursos do sistema financeiro com a venda de títulos
públicos. A alternativa de Armínio Fraga, que estava à frente do BC na época, foi criar essas alíquotas adicionais do
compulsório para enxugar a liquidez do mercado.
Esse adicional criado há cinco anos já soma R$ 47 bilhões,
quase 30% do total do compulsório que está depositado no
Banco Central. Será por aí que
o governo deverá começar a
mexer no compulsório.
O mais importante, no entanto, e que os trabalhos do
Banco Central procuraram demonstrar, é que uma eventual
redução do compulsório não
terá efeitos inflacionários tampouco servirá para engordar os
lucros dos bancos.
O Banco Central mostrou
que o compulsório representa
uma parcela importante do juro e pode ajudar a baixar o
"spread" bancário. Além disso,
como o crédito já vem aumentando, não será o ingresso desse
dinheiro do compulsório que
terá efeito inflacionário.
Setor siderúrgico vai investir US$ 16,7 bilhões
Nos próximos cinco anos,
o setor siderúrgico vai investir US$ 16,7 bilhões em seu
parque instalado.
O caráter dos investimentos atuais tem uma diferença
em relação ao investimento
realizado entre 1994 e 2006,
logo após as privatizações no
setor. Naquela época, foram
destinados US$ 18,9 bilhões
voltados especificamente
para a modernização.
Segundo Marco Polo, vice-presidente executivo do IBS
(Instituto Brasileiro de Siderurgia), as necessidades
eram diferentes naquele momento. "Enquanto o resto do
mundo estava fazendo investimentos na capacidade instalada, o Brasil ainda precisava de modernização para ficar competitivo."
Agora chegou a vez de o
país investir em capacidade
instalada. A partir do ano
passado, o setor reiniciou o
ciclo de investimento com o
objetivo de aumentar a capacidade de produção dos
atuais 37 milhões de toneladas para 50 milhões de toneladas de aço em 2012.
O IBS apresentará os números no 20º Congresso
Brasileiro do setor, entre os
dias 28 e 30 de maio, em SP.
Dentro do programa de
2007 a 2012, segundo o Marco Polo, cerca de US$ 700
milhões serão destinados à
área ambiental.
Em 2007, as vendas internas devem aumentar 7%, enquanto as exportações brasileiras de produtos siderúrgicos devem crescer 9%.
EM CASA
A rede Estanplaza, especializada em hospedagem, eventos
e condomínios de longa permanência, prepara-se para inaugurar um novo empreendimento em São Paulo, o Upscale
Estanconfor. A marca Estanconfor é uma divisão da rede para condomínios residenciais com serviços, chamados de soluções de conforto. Com a inauguração do Upscale, um dos
objetivos, segundo Lúcio Suriano, presidente da rede Estamplaza, é reduzir as características que façam lembrar hotelaria. A portaria, por exemplo, não se parece com uma recepção de hotel. Outra diferença está no tamanho dos apartamentos, que passaram a ser maiores. O público-alvo, segundo Suriano, são executivos que se mudam com as famílias e
pessoas que "querem viver sem o constrangimento de ter
uma estrutura de comodidades domiciliares".
NOVOS DESAFIOS
Depois de nove anos no
cargo, Paulo Saab deixa hoje
a presidência da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos). Paulo Saab considera que está concluído
seu trabalho na entidade e
agora parte para um novo
desafio.
PARCERIA
A Ticket Car, segmento
para gestão de frotas do grupo Ticket, acaba de fechar
contrato para uma parceria
com a rede Esso. Com isso, o
benefício passará a ser aceito em 92% dos municípios
brasileiros que tenham mais
de 30 mil habitantes. A Ticket também está assumindo
os clientes corporativos da
Esso, que usavam o EssoCard. Com o acordo, a Ticket
Car, que movimentou R$
880 milhões no ano passado,
espera crescer 22% em
2007.
AMBIENTE
Eduardo Braga (PMDB),
governador do Amazonas, e
José Goldemberg, secretário estadual do meio ambiente, são os convidados do
7º Seminário Lide. O tema
será o "Desenvolvimento
Econômico com Preservação Ambiental", dia 15, no
Hotel Renaissance, em SP.
ÀS COMPRAS
Cerca de 65% dos consumidores preferem comprar
o presente do Dia das Mães à
vista, com cheque, dinheiro
ou cartão de débito, segundo
pesquisa da Fecomercio SP.
Apenas 29% pretendem
usar cartão de crédito, que,
no entanto, é a forma mais
esperada por 55% dos comerciantes, contra 32% que
esperam pagamento à vista.
A Fecomercio SP divulga
hoje a pesquisa completa sobre as expectativas para o
Dia das Mães.
FORNO
Uma das maiores indústrias de ingredientes de panificação, a austríaca Backaldrin entra neste mês no
país, com acordo com a mineira Vilma Alimentos.
VINHO ON-LINE
A procura por vinhos da
Miolo Wine Group que não
são encontrados facilmente
no varejo estimulou as vendas do produto pelo site da
empresa. A busca por vinhos
como o Lote 43, exclusivo no
site e varejo da Miolo em
Bento Gonçalves, Merlot
Terroir e Quinta do Seival
Cabernet Sauvignon, levam
a empresa a projetar o crescimento em dobro de vendas
pelo canal até 2008. Hoje, o
comércio eletrônico representa 4% do faturamento, de
R$ 60 milhões em 2006.
LATINAS
As ações ordinárias da
Usiminas começaram a ser
negociadas no Latibex, que
reúne papéis de latino-americanas na Bolsa de Madri.
com ISABELLE MOREIRA e JOANA CUNHA
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