São Paulo, terça-feira, 08 de maio de 2007

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PROMOÇÃO

Brasileiro é convidado para ser vice do BID

SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON

O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o colombiano Luis Alberto Moreno, convidou o economista Otaviano Canuto para ser um dos vice-presidentes do banco. O brasileiro é hoje um dos 24 diretores do comitê executivo do Banco Mundial (Bird). As entidades têm sede em Washington.
O colombiano já indicou o brasileiro ao comitê de diretores do BID, que agora deve se pronunciar se aceita ou não a sugestão. A Folha apurou que é improvável que o nome de Canuto sofra resistência e que o próprio deve aceitar o convite. Procurado pelo jornal na noite de ontem, o brasileiro não quis se pronunciar sobre o caso.
Canuto deve ser vice-presidente de países e operações soberanas, um cargo recém-criado. Antes da implantação do novo organograma, o Brasil era detentor da vice-presidência de finanças e administração. Os últimos ocupantes foram João Sayad, hoje secretário estadual de Cultura de São Paulo, e Joaquim Levy, hoje secretário da Fazenda do Rio.
Após a saída de Levy, em dezembro, o cargo foi para o México, e foram criadas três vice-presidências: a do setor privado, a de conhecimentos e a de países e operações soberanas.
Esse cargo é considerado de maior poder, pois à vice-presidência de países estarão subordinadas todas as representações do BID no continente americano e o orçamento das demais vice-presidências, enquanto a principal função da vice-presidência de finanças e administração é a gestão da estrutura interna do banco.
É uma maneira de o banco regional agradar a um de seus maiores acionistas, o Brasil, que andava descontente desde que a vaga foi perdida. O nome de Canuto foi uma escolha consensual: ele é hoje o brasileiro com maior poder no Banco Mundial.
Canuto foi secretário de assuntos internacionais da Fazenda em 2003.


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