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PROMOÇÃO
Brasileiro é convidado para ser vice do BID
SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON
O presidente do Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID), o colombiano Luis Alberto
Moreno, convidou o economista Otaviano Canuto
para ser um dos vice-presidentes do banco. O brasileiro é hoje um dos 24 diretores do comitê executivo do Banco Mundial
(Bird). As entidades têm
sede em Washington.
O colombiano já indicou
o brasileiro ao comitê de
diretores do BID, que agora deve se pronunciar se
aceita ou não a sugestão. A
Folha apurou que é improvável que o nome de
Canuto sofra resistência e
que o próprio deve aceitar
o convite. Procurado pelo
jornal na noite de ontem, o
brasileiro não quis se pronunciar sobre o caso.
Canuto deve ser vice-presidente de países e operações soberanas, um cargo recém-criado. Antes da
implantação do novo organograma, o Brasil era detentor da vice-presidência
de finanças e administração. Os últimos ocupantes
foram João Sayad, hoje secretário estadual de Cultura de São Paulo, e Joaquim Levy, hoje secretário
da Fazenda do Rio.
Após a saída de Levy, em
dezembro, o cargo foi para
o México, e foram criadas
três vice-presidências: a
do setor privado, a de conhecimentos e a de países
e operações soberanas.
Esse cargo é considerado de maior poder, pois à
vice-presidência de países
estarão subordinadas todas as representações do
BID no continente americano e o orçamento das
demais vice-presidências,
enquanto a principal função da vice-presidência de
finanças e administração é
a gestão da estrutura interna do banco.
É uma maneira de o
banco regional agradar a
um de seus maiores acionistas, o Brasil, que andava
descontente desde que a
vaga foi perdida. O nome
de Canuto foi uma escolha
consensual: ele é hoje o
brasileiro com maior poder no Banco Mundial.
Canuto foi secretário de
assuntos internacionais
da Fazenda em 2003.
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