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Alcoa faz oferta hostil de US$ 27 bi por rival canadense
Empresa perdeu posto de principal produtora de alumínio para a russa Rusal
Caso concretizado, negócio será o segundo maior da área de mineração, apenas superado pela compra da
Arcelor pela Mittal em 2006
DA REDAÇÃO
Em tentativa de recuperar o
topo entre as maiores produtoras de alumínio do mundo, a
americana Alcoa fez uma oferta
hostil de US$ 26,9 bilhões pela
rival canadense Alcan, a terceira maior do setor. Pela proposta, a Alcoa ainda assume dívidas de US$ 6 bilhões. Ou seja, o
total chega a US$ 32,9 bilhões.
A americana perdeu o posto
de principal produtora mundial de alumínio para a russa
Rusal, que comprou a compatriota Sual por US$ 6,6 bilhões.
Caso concretizada, a transação entre Alcoa e Alcan será a
segunda maior do setor de mineração, perdendo apenas para
a compra da européia Arcelor
pela indiana Mittal por cerca de
US$ 37 bilhões em 2006.
As duas empresas chegaram
a negociar uma fusão durante
dois anos, mas as conversas se
encerraram em novembro do
ano passado. "Nós estamos
muito desapontados que esses
esforços não resultaram em
uma transação negociada", disse ontem o presidente da Alcoa,
Alain Belda. "Nós estamos assim levando nossa oferta diretamente para os acionistas."
Segundo Belda, a nova empresa teve um faturamento
conjunto de US$ 54 bilhões no
ano passado e conta com 188
mil funcionários em 67 países.
Em nota oficial, a Alcan disse
que seu conselho de direção estudará a proposta.
O negócio voltaria a reunir as
duas empresas, já que a Alcoa
fundou a Alcan em 1902. Elas
foram separadas em companhias distintas em 1928, e a
americana manteve participação majoritária na canadense
até 1951.
Belda afirmou que a Alcoa já
discutiu internamente os possíveis problemas com as autoridades antitruste e disse que não
espera que haja muitos obstáculos para o negócio.
Em comunicado, a americana disse que a transação deve
ser revisada pelas autoridades
antitruste de países como Brasil, EUA, Canadá e Austrália,
além da União Européia.
No Brasil, a Alcoa possui operações em seis Estados e teve
faturamento de R$ 2,7 bilhões
em 2005. A Alcan tem concentrado suas atividades no país
nos negócios de embalagem,
produtos de engenharia, bauxita e alumina e trading.
Canadá
A concretização do negócio
também seria considerada
mais um duro golpe na economia canadense, já que mais
uma grande empresa do país
seria vendida para uma rival estrangeira.
No ano passado, a Companhia Vale do Rio Doce comprou
a canadense Inco por cerca de
US$ 17,7 bilhões. E a suíça
Xsrata adquiriu a produtora de
níquel Falconbridge por US$
17,2 bilhões, também em 2006.
Com agências internacionais
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