São Paulo, quinta-feira, 08 de maio de 2008

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Meta é alongar prazo da dívida, diz Tesouro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O secretário do Tesouro, Arno Augustin, afirmou que a captação feita pelo Brasil por meio de emissão de bônus da dívida brasileira nos mercados dos EUA e da Europa não irá pressionar o câmbio.
Segundo ele, a operação não terá efeito no dólar porque o programa de recompra de títulos da dívida externa supera a programação de emissão nos mercados estrangeiros.
Arno Augustin disse que o menor rendimento e a menor taxa de "spread" negociadas ontem refletem a percepção das melhores condições da economia brasileira. "O grau de investimento é um reconhecimento dos fundamentos macroeconômicos, e o lançamento feito ontem confirma isso."
O secretário comentou ainda que as futuras emissões no exterior terão o objetivo de alongar os prazos da dívida externa. No fim de março (dado mais atualizado), a dívida externa em títulos públicos federais totalizou R$ 106,2 bilhões (US$ 60,7 bilhões).
A estratégia do Tesouro é reduzir esse tipo de dívida por meio de resgates antecipados de papéis antigos e lançamentos de novos títulos nos prazos de 10, 20 e 30 anos. O Tesouro não revela o montante de emissões que fará neste ano, mas diz que as captações feitas fora do país seguirão a estratégia do plano de financiamento. Ele estabelece que o total das emissões em 2008 não superará o vencimento do valor principal da dívida externa, acrescida do montante principal dos títulos recomprados. Em 2007, a recompra antecipada de títulos no exterior somou US$ 7 bilhões. Em janeiro e fevereiro últimos, foi de US$ 480 milhões.


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