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Para FGV, repasse do atacado vai se intensificar
DA SUCURSAL DO RIO
Muitos aumentos no atacado
já chegaram ao varejo, e a tendência vai se intensificar nos
próximos meses, prevê a FGV.
O resultado do IPC (Índice de
Preços ao Consumidor) de abril
já mostrou esse contágio: o índice subiu de 0,45% em março
para 0,72%. Mais uma vez, o
principal responsável pela alta
foi o grupo alimentação, que
passou de 0,62% em março para 1,69% em abril.
O grupo ainda reflete aumentos anteriores de produtos no
atacado como o trigo. Em abril,
os destaques ficaram com panificados e biscoitos (5,78%) e
massas e farinhas (2,24%). O
pão francês subiu 8,59%.
Segundo Salomão Quadros,
os preços ao consumidor já respondem aos repasses de altas
no atacado, mas muitas pressões ainda não chegaram ao varejo na mesma intensidade.
Ele citou os casos do arroz e
da carne bovina, que subiram
1,28% e 1,18%, respectivamente, no varejo em abril. As altas,
porém, não refletem ainda a totalidade dos aumentos no atacado. Só em abril o arroz em
casca subiu 27,78% para as indústrias de beneficiamento. Os
cortes bovinos, 3,89%.
O leite também não repercutiu ainda os reajustes no atacado. O longa vida subiu 4,18% no
IPC de abril. No atacado, a alta
do "in natura" foi de 5,93%.
"O leite, o arroz e a carne ainda vão subir muito no varejo.
Haverá uma nova onda de repasses", diz Luiz Roberto Cunha, economista da PUC-RJ.
Embalado pela alta do custo
da mão-de-obra e de produtos
de aço e alumínio, o INCC (Índice Nacional de Custo da
Construção) saltou de 0,66%
em março para 0,87% em abril.
O índice também enfrenta repasses de altas da indústria.
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