São Paulo, quinta-feira, 08 de maio de 2008

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Para FGV, repasse do atacado vai se intensificar

DA SUCURSAL DO RIO

Muitos aumentos no atacado já chegaram ao varejo, e a tendência vai se intensificar nos próximos meses, prevê a FGV. O resultado do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) de abril já mostrou esse contágio: o índice subiu de 0,45% em março para 0,72%. Mais uma vez, o principal responsável pela alta foi o grupo alimentação, que passou de 0,62% em março para 1,69% em abril.
O grupo ainda reflete aumentos anteriores de produtos no atacado como o trigo. Em abril, os destaques ficaram com panificados e biscoitos (5,78%) e massas e farinhas (2,24%). O pão francês subiu 8,59%.
Segundo Salomão Quadros, os preços ao consumidor já respondem aos repasses de altas no atacado, mas muitas pressões ainda não chegaram ao varejo na mesma intensidade.
Ele citou os casos do arroz e da carne bovina, que subiram 1,28% e 1,18%, respectivamente, no varejo em abril. As altas, porém, não refletem ainda a totalidade dos aumentos no atacado. Só em abril o arroz em casca subiu 27,78% para as indústrias de beneficiamento. Os cortes bovinos, 3,89%.
O leite também não repercutiu ainda os reajustes no atacado. O longa vida subiu 4,18% no IPC de abril. No atacado, a alta do "in natura" foi de 5,93%.
"O leite, o arroz e a carne ainda vão subir muito no varejo. Haverá uma nova onda de repasses", diz Luiz Roberto Cunha, economista da PUC-RJ.
Embalado pela alta do custo da mão-de-obra e de produtos de aço e alumínio, o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) saltou de 0,66% em março para 0,87% em abril. O índice também enfrenta repasses de altas da indústria.


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