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Ações dos bancos ficam entre as que mais perderam na Bolsa de SP ontem
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
As ações dos grandes bancos
tiveram um dia bastante ruim
no pregão de ontem da Bovespa. A decisão do STF (Supremo
Tribunal Federal), que foi conhecida na última hora de pregão, terminou de derrubar os
papéis das instituições financeiras, que já vinham sendo negociados em baixa.
A forte queda das ações acabou por levar a Bovespa a encerrar os negócios na mínima
do dia, com perdas de 3,54%.
A ação ON (ordinária) do
Banco do Brasil foi a que mais
caiu na Bolsa, entre as 55 mais
negociadas, e fechou o pregão
com perdas de 5,91%. Na seqüência, também com quedas
expressivas, ficaram: Itaú PN
(-4,7%), Bradesco PN (-4,52%)
e Unibanco Unit (-4,41%).
"O clima tumultuado das últimas semanas deixou o mercado muito sensível. O mercado
já estava num clima bem ruim,
e a notícia [sobre a decisão do
STF] colaborou para piorar um
pouco mais", afirmou Charles
Philipp, diretor da corretora
SLW. "Talvez, se a decisão do
STF tivesse saído há um mês, as
ações dos bancos não teriam tido um dia tão negativo."
A Bovespa operou em queda
durante quase todo o pregão.
Mas, após as 16h, quando a Bolsa marcava baixa de 1,4%, as
perdas se aceleraram rapidamente. No fim do dia, só a ação
ON da Embraer subia (1,4%).
Na semana, após três quedas,
a Bolsa paulista já acumula desvalorização de 7,06%.
O recuo do preço do barril de
petróleo no mercado internacional atingiu as ações do setor
e fez com que as Bolsas americanas fechassem em queda.
Por aqui, as ações preferencias da Petrobras, que concentraram 15% de todos os negócios feitos na Bovespa ontem,
caíram 4,11%.
Em Nova York, o índice Dow
Jones (a principal referência do
mercado) caiu 0,65%. A Bolsa
eletrônica Nasdaq, que negocia
ações das empresas de alta tecnologia, recuou 0,51%.
No segmento cambial, o dia
foi tranqüilo. O dólar comercial
registrou baixa de 0,75% e fechou vendido a R$ 2,241.
O balanço do fluxo cambial
do mês passado, que ficou positivo em US$ 7,504 bilhões, devido à entrada recorde de dinheiro proveniente do setor exportador, ajudou a apreciar o
real ontem.
Juros
Hoje o Banco Central vai divulgar a ata do último encontro
do Copom (Comitê de Política
Monetária), quando foi definida a redução da taxa básica de
juros da economia de 15,75%
para 15,25%. Analistas sempre
aguardam com interesse a divulgação do documento, que
traz justificativas sobre os motivos da decisão do Copom.
Os juros futuros subiram ontem nos contratos com vencimento após 2008, mostrando
preocupação dos investidores
com o longo prazo. Na BM&F
(Bolsa de Mercadorias & Futuros), a taxa do contrato DI que
tem resgate daqui a 20 meses
subiu de 16,01% para 16,08%.
Ontem o BC da Turquia decidiu elevar as taxas de juros do
país, temendo que as atuais
pressões inflacionárias não arrefecem. A decisão do BC turco
pode ser um sinal de alerta
quanto à vulnerabilidade dos
emergentes à atual volatilidade
que tem mexido com o mercado há quase um mês.
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