São Paulo, quinta-feira, 08 de junho de 2006

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Anúncio da TV digital deve sair neste mês

Ministros japoneses visitarão Brasília no dia 29, quando devem participar da divulgação do padrão ISDB

IURI DANTAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

PATRÍCIA ZIMMERMANN
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

O tão esperado, e demorado, anúncio oficial da escolha pelo padrão japonês de TV digital pelo Brasil deve ocorrer no fim deste mês, após a assinatura de novo termo entre o Planalto e o governo do Japão. Segundo apurou a Folha, o governo petista não cogita aguardar o término do período eleitoral.
Os ministros japoneses da Economia, Negócios e Indústria, Toshihiro Nikai, e do Interior e Comunicações, Heizo Takenaka, visitarão Brasília no dia 29, quando devem participar do anúncio da escolha pelo padrão ISDB. No dia 21, uma delegação de técnicos do Japão vai detalhar o memorando de entendimento assinado pelos dois países há dois meses.
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse que o atraso não foi em vão. Segundo ele, os adiamentos ocorridos desde fevereiro "obedeceram uma necessidade estratégica".
Entre técnicos ligados ao projeto, a justificativa corrente para o atraso vem dependendo mais do ritmo de fazer negócios dos japoneses do que eventual reticência do Planalto. As afirmações carecem, no entanto, de confirmação uma vez que o tema parece proibido entre assessores e funcionários.
O decreto presidencial para consolidar o padrão digital de televisão no país deve ser publicado logo após a visita dos ministros japoneses. Com a demora do anúncio, o governo vem sofrendo pressões cada vez mais freqüentes e intensas de emissoras de TV e empresas do setor.
Os produtores de filmes e seriados norte-americanos insistem na adoção de mecanismos de segurança para evitar a cópia de seus produtos na internet. Países da região -principalmente Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai- querem seguir a mesma escolha brasileira, portanto esperam o Planalto para agir.
O mercado de TV digital deve movimentar milhões de reais nos anos de implantação. O formato permite mais interatividade dos consumidores com o conteúdo -possibilidade de montar a própria programação, por exemplo.


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