São Paulo, domingo, 08 de julho de 2001

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PAINEL FC

Incentivo
O BNDES vai prorrogar até dezembro o programa de apoio ao setor de software (ProSoft), que deveria expirar no último dia 30. O banco aumentou a dotação do programa de R$ 50 milhões para R$ 80 milhões. Até junho, foram aprovados 16 financiamentos. Outros 14 seguem em análise, com o total de créditos de R$ 60 milhões.

Alvo
Dirigido a pequenas e médias empresas, o ProSoft serve de fomento para a indústria nacional, além de estimular a venda, no exterior, de programas e serviços desenvolvidos no Brasil.

Apoio globalizado
Segunda colocada no ranking de serviços globais, a EDS assina acordo com a GM para a prestação de assessoria de tecnologia. O acordo envolve, além de Brasil e América Latina, países da Ásia e Pacífico. Em 2000, a EDS faturou US$ 19,2 bilhões.

Ziriguidum
Com preços em dólar mantidos há 14 anos, a Gope, fabricante de instrumentos de percussão, registra 50% de sua produção destinada ao exterior, com vendas a 22 países. Em 2000, o Brasil exportou US$ 6,4 milhões nessa área e a estimativa para este ano é de US$ 8 milhões.

Exportadora
A siderúrgica de Tubarão (CST), maior exportadora de placas de aço do mundo, enviou para o sistema oficial 21.000 MWh de energia elétrica em junho. Auto-suficiente desde 1998, a empresa, que não alterou o ritmo de produção, repassará até dezembro mais 100.000 MWh.

Modernidade
A partir de fevereiro próximo, a ECT passará a cobrar o custo do telegrama por página enviada, e não mais por número de palavras. Os Correios investirão R$ 25 milhões para transmitir as mensagens via internet.

Serviço
O Banco do Brasil expande sua rede de correspondentes-bancários (caixas para receber contas e títulos). Dia 16, começa a funcionar projeto-piloto com o Pão de Açúcar, em São Paulo. Hoje a rede conta com 2.000 caixas.

E-mail -
guilherme.barros@uol.com.br

ANÁLISE

Os pecados de Cavallo

O ministro da Economia da Argentina, Domingo Cavallo, cometeu dois grandes erros, segundo o ex-ministro Roberto Alemann. Primeiro, ter colocado o euro, ao lado do dólar, como moeda de respaldo para o peso. Depois, criar um câmbio novo, desvalorizado, para as exportações, mas mantendo a paridade nas transações internas. Para ele, os investidores interpretaram como sinal de iminente saída do câmbio fixo e desistiram de investir no país. Enquanto os brasileiros vêem como moribundo o câmbio fixo, Alemann propõe o contrário: ""Cavallo precisa voltar à paridade, cortar gastos e cobrar impostos de quem não paga. O problema da Argentina é de solvência. Não se pode pensar em crescer sem equilibrar o Estado".



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