São Paulo, terça-feira, 08 de julho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Mantega vê desaceleração, mas não "aborto" do crescimento

DA REPORTAGEM LOCAL COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que, devido às medidas de política fiscal e monetária recentemente adotadas pelo governo, já é possível notar uma desaceleração do PIB (Produto Interno Bruto) do país e do consumo interno. Mas ressaltou: "Não é um aborto do crescimento. Não vamos jogar por terra o ciclo de crescimento construído com tanto esforço".
Segundo Mantega, trata-se apenas de fazer a "sintonia fina" das ações para conseguir equilibrar avanço e inflação. "É possível fazer ajuste fiscal com crescimento econômico."
A uma platéia de empresários que participavam de evento em São Paulo, o ministro afirmou que o Brasil deixou a condição de país periférico para a de protagonista da economia mundial. "Temos a solução para os três maiores problemas do mundo hoje: alimentos, petróleo e minérios."
Quanto à inflação, Mantega destacou que o Canadá e o Brasil são os únicos países, entre os que adotaram o regime de metas de inflação, a se manterem dentro do intervalo fixado. "A onda inflacionária veio quebrar nas praias brasileiras bem mais fraca."
A fim de demonstrar que não é apenas com juros que se faz o controle da inflação, o ministro lembrou a elevação do superávit primário e a alta do compulsório para operações de leasing (arrendamento mercantil).
Ele não quis comentar sobre a possibilidade de novas altas da Selic. "O Copom [Comitê de Política Monetária do Banco Central] é independente."
(DENYSE GODOY e MARINA GAZZONI)


Texto Anterior: Saiba mais: Transportes foi o setor que mais recebeu
Próximo Texto: Inflação dos mais pobres sobe 5,97% no 1º semestre do ano, acima do índice geral
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.