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Mantega vê desaceleração, mas não "aborto" do crescimento
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que,
devido às medidas de política
fiscal e monetária recentemente adotadas pelo governo, já é
possível notar uma desaceleração do PIB (Produto Interno
Bruto) do país e do consumo interno. Mas ressaltou: "Não é
um aborto do crescimento. Não
vamos jogar por terra o ciclo de
crescimento construído com
tanto esforço".
Segundo Mantega, trata-se
apenas de fazer a "sintonia fina" das ações para conseguir
equilibrar avanço e inflação. "É
possível fazer ajuste fiscal com
crescimento econômico."
A uma platéia de empresários que participavam de evento em São Paulo, o ministro
afirmou que o Brasil deixou a
condição de país periférico para a de protagonista da economia mundial. "Temos a solução
para os três maiores problemas
do mundo hoje: alimentos, petróleo e minérios."
Quanto à inflação, Mantega
destacou que o Canadá e o Brasil são os únicos países, entre os
que adotaram o regime de metas de inflação, a se manterem
dentro do intervalo fixado. "A
onda inflacionária veio quebrar
nas praias brasileiras bem mais
fraca."
A fim de demonstrar que não
é apenas com juros que se faz o
controle da inflação, o ministro
lembrou a elevação do superávit primário e a alta do compulsório para operações de leasing
(arrendamento mercantil).
Ele não quis comentar sobre
a possibilidade de novas altas
da Selic. "O Copom [Comitê de
Política Monetária do Banco
Central] é independente."
(DENYSE GODOY e MARINA GAZZONI)
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