DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo retomou ontem as negociações com os produtores de álcool para tentar reduzir o preço do produto e evitar novos aumentos. Foi a primeira reunião após o governo anunciar que poderia desapropriar os estoques de álcool em poder dos usineiros.
Nessa reunião, o ministro Marcus Pratini de Moraes (Agricultura) também informou aos usineiros as medidas anunciadas na semana passada pelo governo e como elas serão implementadas.
Já foram adotas duas medidas: redução do percentual de álcool na gasolina de 24% para 20% e retomada dos leilões de álcool. O objetivo é aumentar a oferta do produto no mercado para forçar queda nos preços.
A reunião, que começou às 17h30, não tinha terminado até às 19h. Além de Pratini de Moraes, participaram os ministros Alcides Tápias (Desenvolvimento), Pedro Malan (Fazenda) e Rodolpho Tourinho (Minas e Energia).
Os usineiros alegam quebra de 20% na safra de cana-de-açúcar para justificar o aumento.
Ontem, a BR Distribuidora, empresa ligada à Petrobras, começou a forçar a queda dos preços da gasolina. A atuação da distribuidora se concentrou em Brasília, onde o preço do do litro do combustível nos postos com bandeira BR caiu, em média, de R$ 1,63 para R$ 1,57.
A estratégia do governo de usar a BR Distribuidora para forçar queda de preços foi divulgada na sexta-feira. A BR tem 33% do mercado de distribuição de combustíveis, com 7.084 postos no país.
Pela manhã, Tourinho se reuniu, no Rio de Janeiro, com Júlio Bueno, diretor de mercado automotivo da BR.


Texto Anterior: Combustíveis: Governo ameaça postos para conter preço
Próximo Texto: "Gasolina no Brasil é adulterada"
Índice