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PETRÓLEO
Acordo sairá em poucos dias
PDVSA e Petrobras vão dividir fornecedores
ISABEL CLEMENTE
DA SUCURSAL DO RIO
A estatal venezuelana PDVSA e
a Petrobras estão em via de fechar
um acordo para o intercâmbio de
fornecedores. Prova da aproximação das empresas é que a Petróleo de Venezuela acaba de
abrir um escritório no prédio da
Petrobras, no Rio. O mesmo será
feito pela Petrobras em Caracas.
Segundo Alejandro Newski, do
Centro de Oportunidades de Negócios Petrolíferos da PDVSA (lê-se Pedevesa), a expectativa é que o
acordo para uso de fornecedores
seja fechado em duas semanas.
Ele disse que apenas três empresas brasileiras, entre as quais está
a Odebrecht, fornecem equipamentos e serviços para a Venezuela, o país mais próximo da
Opep (Organização dos Países
Exportadores de Petróleo).
A PDVSA conta com 1.500 fornecedores locais. Trata-se de uma
indústria com capacidade ociosa,
afirmou Newski, que participou
ontem do Encontro de Negócios
Brasil/Venezuela sobre Petróleo,
na sede do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Os fornecedores brasileiros, por
sua vez, ainda estão se estruturando para atender a demanda interna, estimulada pela abertura do
mercado e pelas licitações para
exploração e produção de petróleo e gás da ANP (Agência Nacional do Petróleo).
Segundo Eduardo Rappel, diretor-geral da Onip (Organização
Nacional da Indústria do Petróleo), o banco de dados de fornecedores nacionais conta com 63 empresas cadastradas e 600 registros
em andamento -o que não chega nem à metade da indústria venezuelana. Rappel disse que a indústria nacional terá que fazer investimentos para aumentar sua
capacidade.
Os investimentos totais da
PDVSA para os próximos nove
anos são de US$ 55 bilhões. "Isso
dá uma idéia do mercado que há
pela frente", disse Rappel. Os da
Petrobras, para o período 2000-2005, são de US$ 32 bilhões,
O executivo da PDVSA informou que o escritório de compras
da empresa que atuava em Houston, nos EUA, voltou a operar em
Caracas. "Está chegando perto do
Brasil", disse. Segundo ele, a estratégia da empresa é diversificar
seu portfólio de fornecedores, dominado pelos norte-americanos
no lado internacional.
PDVSA e Petrobras também estão acertando os detalhes do acordo que prevê a operação conjunta
de 1.800 postos de gasolina nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.
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