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Ex-presidente da farmacêutica ImClone é indiciado por fraude
DA REDAÇÃO
Samuel Waksal, 54, antigo presidente da empresa farmacêutica
norte-americana ImClone
Systems, foi indiciado ontem por
fraudes contra o mercado financeiro. O executivo pode pegar até
30 anos de cadeia, se condenado.
O escândalo envolvendo a empresa é um dos vários que ajudaram a derrubar a confiança econômica nos Estados Unidos e
provocaram grandes perdas nos
mercados financeiros neste ano.
De acordo com as acusações,
Waksal enganou o Bank of America ao obter um empréstimo do
banco dando como garantia
ações da ImClone que não dispunha mais.
O executivo teria forjado uma
declaração dos conselheiros da
empresa, inclusive falsificando
assinaturas, para mostrar ao banco um documento em que o conselho da companhia assegurava
que Waksal tinha as ações.
O indiciamento também acusa
Waksal de tentar obstruir os trabalhos de investigação da SEC
(Securities and Exchange Commission, órgão federal dos EUA
que fiscaliza o mercado de ações e
as empresas de capital aberto). O
executivo é acusado de negociar
ações da empresa de modo irregular, aproveitando-se de informações privilegiadas.
Waksal, segundo a SEC, sabia
que a FDA (Food and Drug Administration, órgão que fiscaliza
alimentos e remédios) não iria autorizar as vendas da droga Erbitux, de combate ao câncer. O então presidente da companhia tentou vender ações antes que elas
perdessem valor.
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