UOL


São Paulo, sexta-feira, 08 de agosto de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAPEL

Negócio com grupo norte-americano foi de US$ 134 mi

Klabin vende participações em fábricas de produtos higiênicos

LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria Klabin vendeu ontem sua participação em cinco fábricas de papel. O negócio foi fechado com o grupo americano Kimberly-Clark pelo valor de US$ 134,4 milhões.
O conglomerado dos Estados Unidos adquiriu as ações que a empresa brasileira possuía em cinco fábricas de papel para higiene pessoal e doméstica (quatro localizadas no Brasil e uma na Argentina).
O grupo estrangeiro passa a ser responsável pela fabricação dos lenços de papel Kleenex e Klin, dos papéis-toalha Chifon e Gourmet e dos papéis higiênicos Neve, Camélia e Nice.
Essa foi a segunda venda de patrimônio da Klabin neste ano. No dia 3 de julho, a companhia vendeu por US$ 610,5 milhões a indústria de celulose Riocell para o grupo Aracruz Celulose.
Segundo a Klabin, o objetivo da venda desses ativos é focar suas atividades em papéis para embalagens. Além disso, com o negócio de ontem a Klabin eliminou uma dívida de US$ 21,6 milhões. Recebeu como pagamento, em dinheiro, US$ 112,8 milhões.
A Klabin está em fase de reestruturação de suas atividades. Depois de amargar prejuízo de R$ 208 milhões no ano passado, fechou o primeiro semestre de 2003 com lucro líquido de R$ 1 bilhão. A receita líquida somou R$ 1,6 bilhão de janeiro a junho, o que representou crescimento de 47% sobre o desempenho do mesmo período de 2002.
A Klabin e a Kimberly-Clark iniciaram uma parceria para a fabricação de papéis para higiene pessoal e doméstica no Brasil e na Argentina em meados dos anos 90. Em 1997, os dois grupos criaram a empresa KCK Tissue, na Argentina. Depois, foi a vez da Klabin Kimberly no Brasil.
A Klabin possuía a metade das ações dessas duas companhias. Os outros 50% eram da Kimberly-Clark. Com a venda de sua participação nas duas empresas, responsáveis por cinco fábricas, a Klabin passa agora a ter 21 unidades de produção.
A empresa pretende focar seus negócios principalmente na exportação de papel para embalagens, como papelão. Em dezembro, quer responder por 6% do volume de papel para caixas de papelão comercializados no mundo.


Texto Anterior: Bancos: Lucro do ABN cai 23% com recuo do dólar
Próximo Texto: Trabalho: Volks chama sindicatos para negociar
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.