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PAPEL
Negócio com grupo norte-americano foi de US$ 134 mi
Klabin vende participações em fábricas de produtos higiênicos
LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL
A indústria Klabin vendeu ontem sua participação em cinco fábricas de papel. O negócio foi fechado com o grupo americano
Kimberly-Clark pelo valor de US$
134,4 milhões.
O conglomerado dos Estados
Unidos adquiriu as ações que a
empresa brasileira possuía em
cinco fábricas de papel para higiene pessoal e doméstica (quatro localizadas no Brasil e uma na Argentina).
O grupo estrangeiro passa a ser
responsável pela fabricação dos
lenços de papel Kleenex e Klin,
dos papéis-toalha Chifon e Gourmet e dos papéis higiênicos Neve,
Camélia e Nice.
Essa foi a segunda venda de patrimônio da Klabin neste ano. No
dia 3 de julho, a companhia vendeu por US$ 610,5 milhões a indústria de celulose Riocell para o
grupo Aracruz Celulose.
Segundo a Klabin, o objetivo da
venda desses ativos é focar suas
atividades em papéis para embalagens. Além disso, com o negócio
de ontem a Klabin eliminou uma
dívida de US$ 21,6 milhões. Recebeu como pagamento, em dinheiro, US$ 112,8 milhões.
A Klabin está em fase de reestruturação de suas atividades. Depois de amargar prejuízo de R$
208 milhões no ano passado, fechou o primeiro semestre de 2003
com lucro líquido de R$ 1 bilhão.
A receita líquida somou R$ 1,6 bilhão de janeiro a junho, o que representou crescimento de 47%
sobre o desempenho do mesmo
período de 2002.
A Klabin e a Kimberly-Clark
iniciaram uma parceria para a fabricação de papéis para higiene
pessoal e doméstica no Brasil e na
Argentina em meados dos anos
90. Em 1997, os dois grupos criaram a empresa KCK Tissue, na
Argentina. Depois, foi a vez da
Klabin Kimberly no Brasil.
A Klabin possuía a metade das
ações dessas duas companhias.
Os outros 50% eram da Kimberly-Clark. Com a venda de sua
participação nas duas empresas,
responsáveis por cinco fábricas, a
Klabin passa agora a ter 21 unidades de produção.
A empresa pretende focar seus
negócios principalmente na exportação de papel para embalagens, como papelão. Em dezembro, quer responder por 6% do
volume de papel para caixas de
papelão comercializados no
mundo.
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