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VÔO ERRÁTICO
Produtividade cresce 5,7% no trimestre, vendas no atacado sobem e pedidos de seguro-desemprego caem
Aumentam sinais de recuperação nos EUA
DA REDAÇÃO
Crescem os sinais de que a recuperação econômica dos Estados
Unidos começa a ganhar corpo.
Dois importantes indicadores divulgados ontem mostraram um
significativo crescimento na produtividade e uma melhora no
mercado de trabalho.
As vendas no atacado também
se aqueceram. A Bolsa de Nova
York reagiu com uma leve alta de
0,7% no índice Dow Jones.
Para os analistas, os recentes
bons números econômicos sugerem que o Federal Reserve (banco
central norte-americano) manterá inalterada sua taxa de juros na
reunião da próxima terça-feira. A
taxa está fixada em 1% ao ano, a
menor em 45 anos.
Segundo o Departamento de
Trabalho dos EUA, a produtividade (total que cada funcionário
produz por hora) cresceu a um
ritmo anualizado de 5,7% no trimestre passado. Foi o melhor resultado desde o terceiro trimestre
do ano passado. Nos três primeiros meses deste ano, o avanço tinha sido de 2,1%.
Ainda segundo o Departamento de Trabalho, números revisados mostraram que a produtividade cresceu 5,4% em 2002, e não
4,8%, como se pensava inicialmente. Assim, a taxa do ano passado foi a mais vigorosa desde
1950, quando, durante a Guerra
da Coréia, houve ganho de 6,7%.
Ganhos na produtividade são
extremamente importantes, porque ampliam a eficiência das empresas, a competitividade e as
margens de lucros. Mas, por outro lado, as companhias precisam
de menos funcionários para fazer
o mesmo trabalho, o que tende a
aumentar o desemprego.
Segundo economistas, justamente os extraordinários aumentos na produtividade que o país
conquistou a partir da segunda
metade da década passada, com a
introdução de novas tecnologias,
estão dificultando a queda no desemprego hoje, quando a economia se recupera da retração de
2001. Em 2000, a taxa de desemprego ficou em 4%; hoje está em
6,2%, nível não visto desde 94.
Mas o mercado de trabalho
também começa a exibir uma reação, ainda que tímida. Os pedidos
pelo benefício de seguro-desemprego ficaram abaixo de 400 mil
(um número considerado crítico)
pela terceira semana consecutiva.
O Departamento de Trabalho informou que, na semana passada,
houve 390 mil pedidos. O maior
número registrado neste ano foi
459 mil, em uma semana de abril.
Consultorias já estimam que o
país possa crescer a uma taxa
anualizada entre 3,5% e 4% neste
semestre. Esse ritmo, se confirmado, ficaria dentro do potencial
de crescimento do país a longo
prazo e possibilitaria a criação de
empregos. No segundo trimestre,
a taxa anualizada ficou em 2,4%.
Já as vendas do atacado cresceram 1,5% em junho, o maior
avanço em 14 meses, após recuo
de 0,2% em maio. Carros e eletrônicos puxaram o comércio.
Com agências internacionais
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