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São Paulo, sexta-feira, 08 de agosto de 2003

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VÔO ERRÁTICO

Produtividade cresce 5,7% no trimestre, vendas no atacado sobem e pedidos de seguro-desemprego caem

Aumentam sinais de recuperação nos EUA

DA REDAÇÃO

Crescem os sinais de que a recuperação econômica dos Estados Unidos começa a ganhar corpo. Dois importantes indicadores divulgados ontem mostraram um significativo crescimento na produtividade e uma melhora no mercado de trabalho.
As vendas no atacado também se aqueceram. A Bolsa de Nova York reagiu com uma leve alta de 0,7% no índice Dow Jones.
Para os analistas, os recentes bons números econômicos sugerem que o Federal Reserve (banco central norte-americano) manterá inalterada sua taxa de juros na reunião da próxima terça-feira. A taxa está fixada em 1% ao ano, a menor em 45 anos.
Segundo o Departamento de Trabalho dos EUA, a produtividade (total que cada funcionário produz por hora) cresceu a um ritmo anualizado de 5,7% no trimestre passado. Foi o melhor resultado desde o terceiro trimestre do ano passado. Nos três primeiros meses deste ano, o avanço tinha sido de 2,1%.
Ainda segundo o Departamento de Trabalho, números revisados mostraram que a produtividade cresceu 5,4% em 2002, e não 4,8%, como se pensava inicialmente. Assim, a taxa do ano passado foi a mais vigorosa desde 1950, quando, durante a Guerra da Coréia, houve ganho de 6,7%.
Ganhos na produtividade são extremamente importantes, porque ampliam a eficiência das empresas, a competitividade e as margens de lucros. Mas, por outro lado, as companhias precisam de menos funcionários para fazer o mesmo trabalho, o que tende a aumentar o desemprego.
Segundo economistas, justamente os extraordinários aumentos na produtividade que o país conquistou a partir da segunda metade da década passada, com a introdução de novas tecnologias, estão dificultando a queda no desemprego hoje, quando a economia se recupera da retração de 2001. Em 2000, a taxa de desemprego ficou em 4%; hoje está em 6,2%, nível não visto desde 94.
Mas o mercado de trabalho também começa a exibir uma reação, ainda que tímida. Os pedidos pelo benefício de seguro-desemprego ficaram abaixo de 400 mil (um número considerado crítico) pela terceira semana consecutiva. O Departamento de Trabalho informou que, na semana passada, houve 390 mil pedidos. O maior número registrado neste ano foi 459 mil, em uma semana de abril.
Consultorias já estimam que o país possa crescer a uma taxa anualizada entre 3,5% e 4% neste semestre. Esse ritmo, se confirmado, ficaria dentro do potencial de crescimento do país a longo prazo e possibilitaria a criação de empregos. No segundo trimestre, a taxa anualizada ficou em 2,4%.
Já as vendas do atacado cresceram 1,5% em junho, o maior avanço em 14 meses, após recuo de 0,2% em maio. Carros e eletrônicos puxaram o comércio.


Com agências internacionais


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