|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TRABALHO
Pesquisa da Apeop mostra que 83% das empresas do setor aprovam a contribuição sindical não obrigatória
Contribuição sindical obrigatória deve cair
da Reportagem Local
Empresários da construção civil
pesada são a favor do fim da cobrança obrigatória da contribuição sindical, um dos itens defendidos pelo governo nas suas propostas de mudança na legislação trabalhista.
Pesquisa realizada pela Associação Paulista de Empresários de
Obras Públicas (Apeop), com 230
empresas, revela que 89% delas
desejam que o recolhimento da
contribuição seja espontâneo.
Apenas 10% dos empresários entrevistados defendem o recolhimento obrigatório da contribuição sindical. Além disso, a maioria
absoluta dos empresários do setor
(91%) quer que o valor da contribuição sindical seja discutido e
aprovado em assembléia.
A contribuição sindical está prevista na CLT (Consolidação das
leis do trabalho) e é calculada sobre o capital de cada empresa. Ela
serve para custear as entidades
sindicais. Em janeiro deste ano, a
cobrança da contribuição sindical
dividiu o empresariado nacional.
O aumento de até 200% da contribuição sindical, determinado
pelas confederações patronais,
provocou protestos.
"O resultado é um alerta sobre o
sentimento geral de vários setores
empresariais", afirma o presidente da Apeop, Paulo Godoy.
A intenção do governo de discutir com trabalhadores e empresários propostas que mudam a legislação trabalhista, prevendo o fim
da contribuição sindical, agradou
o setor. A entidade quer levar os
resultados da pesquisa para o ministro do Trabalho, Edward Amadeo, e para o Congresso Nacional,
onde já tramitam alguns projetos
prevendo mudanças na legislação.
A Apeop também quer realizar
uma manifestação empresarial,
em Brasília, no mês de setembro,
para defender mudanças.
Segundo a entidade, os empresários se empenharam na defesa
das reformas tributária e administrativa, mas deixaram de lado a reforma da legislação trabalhista.
As 230 empresas do setor de
construção civil pesada ouvidas
pela pesquisa da Apeop são de 11
Estados diferentes. A maioria
(34%) está concentrada em São
Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná.
Foram consultadas empresas de
porte grande, médio e pequeno.
Outra reivindicação é a unicidade sindical. A proibição da criação
de mais de uma organização sindical de uma mesma categoria por
município, que é determinada pela Constituição Federal, foi criticada por 69% dos empresários.
(MAURICIO ESPOSITO)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|