São Paulo, sábado, 8 de agosto de 1998

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DÍVIDA REPASSADA
Banco do Brasil mantém os leilões de seus créditos podres

da Reportagem Local

O Banco do Brasil vai manter os leilões de créditos podres, apesar de a primeira operação do gênero ter ficado abaixo da expectativa.
Crédito podre é como são chamadas as dívidas em cobrança judicial de difícil recuperação.
O próximo leilão será em 17 de setembro, quando serão negociados, no Espírito Santo, 12 lotes que representam 40 operações de crédito. Em outubro estão previstos leilões simultâneos em São Paulo e Rio de Janeiro.

Interesse do devedor
O BB realizou o primeiro leilão desse tipo no final de junho. Dos lotes colocados à vendas, no entanto, apenas os de pequeno valor foram negociados.
O banco Bozano,Simonsen pagou R$ 57 mil para operações de crédito no valor de face de R$ 250 mil. O principal lote, de R$ 120 milhões, não atingiu o valor mínimo fixado pela instituição.
Antes desse primeiro leilão, devedores haviam entrado na Justiça com liminares. Eles não queriam passar a ser cobrados por bancos particulares.
O Banco do Brasil não descarta a possibilidade de novas ações judiciais serem mais uma vez movidas contra o repasse da dívida para bancos privados.
"Se houver liminares, como da outra vez, vamos derrubá-las", disse o gerente de divisão da unidade de recuperação de crédito em Brasília, Marcos Antônio Silva.
O preferência dos devedores em dever para um banco público sugere que a cobrança feita por uma instituição financeira privada é mais eficaz.
A direção do Banco do Brasil acredita que o interesse por esses créditos vá aumentar gradativamente. "O primeiro leilão provou que o mercado tem interesse por esse tipo de operação", disse Marcos Antônio Silva.

Lote negociado
O presidente do Bozano,Simonsen, Paulo Ferraz, afirmou que o lote adquirido pelo banco já está totalmente negociado.
Até o próximo dia 13, o Banco do Brasil irá divulgar as regras do leilão do Espírito Santo.



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