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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa tem queda de 12,96% na semana
da Reportagem Local
A Bolsa de Valores de São Paulo
voltou a cair ontem, 3,82%, como
reflexo na queda recorde do
C-bond, título da dívida externa
brasileira. Na semana, a Bolsa acumula queda de 12,96%.
O ataque especulativo contra a
moeda de Hong Kong e o risco de
desvalorização da China apavoraram os investidores dos mercados
acionários dos chamados países
emergentes, como o Brasil.
A alta de 0,24% na Bolsa de Valore de Nova York foi insuficiente
para trazer otimismo. O iene também perdeu valor contra o dólar,
aumentando as incertezas na Ásia,
e o Vietnã acabou forçado a realizar uma desvalorização de 7% em
sua moeda.
Como se não bastassem os fatores externos, os investidores em
ações no mercado brasileiro também souberam de novas pesquisas
eleitorais com o presidente Fernando Henrique Cardoso perdendo espaço contra seu principal rival, Luiz Inácio Lula da Silva.
As ações PN (sem direito a voto)
da Telebrás, que chegaram à cotação de RÏ 147,50 o lote de mil logo
após o leilão de privatização, fecharam ontem a RÏ 119,70. Os investidores temiam que algo acontecesse no final de semana na China e preferiram se retirar do mercado e aguardar.
Das dez ações mais negociadas,
só Banespa PN teve valorização,
de 0,86%, para fechar a RÏ 58,50 o
lote de mil. Entre esses dez papéis,
Petrobrás PN teve a pior queda, de
6,31%, cotada a RÏ 207,99 no fechamento da Bolsa paulista.
O Banco Central interveio no
mercado de juros do dia-a-dia, o
over, e derrubou os juros. Tomou
recursos a 19,40% ao ano ontem,
contra 19,45% ao ano anteontem.
Os juros pagos pelos Certificados
de Depósito Interbancário caíram
de 19,36% ao ano anteontem para
19,35% ao ano ontem.
Mas os mercados futuros descolaram do over e acompanharam o
nervosismo vindo da Ásia. Os
contratos para vencimento em outubro projetaram taxas de juros de
19,62% ao ano ontem, maiores do
que os 19,47% de anteontem.
O mercado futuro de câmbio
também teve mais oscilações do
que as usuais, com o dólar ganhando valor contra o real. As
projeções de desvalorização dos
contratos de vencimento em setembro, os mais curtos, passaram
de 0,80% ao mês anteontem para
0,85% ontem.
(CRISTIANE PERINI LUCCHESI)
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