São Paulo, Quarta-feira, 08 de Setembro de 1999 |
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Revendedor de rua afirma que movimento de caminhão cairá
FÁBIA PRATES em São Paulo A possível ampliação de pontos-de-venda do gás de cozinha para o consumidor pode prejudicar o desempenho dos chamados revendedores automáticos. Esse é o temor do motorista José Abel Garcia, 50, há dois anos no ramo. Ele diz sustentar a mulher, três filhos e um sobrinho com o lucro na venda de cerca de 250 botijões por mês em casas da zona norte de São Paulo. Ex-funcionário de uma empresa de ônibus, Abel investiu os R$ 7 mil da rescisão contratual na compra de um caminhão 75. Precisou de outros R$ 1.500 para comprar 100 botijões e iniciar o negócio. Ele não tem autorização legal para ser revendedor. Paga R$ 11 por botijão, que busca em depósitos, mais R$ 1 por vasilhame a um ajudante, e revende nas casas por R$ 16,80. Segundo Abel, hoje já diferentes estabelecimentos que trabalham clandestinamente na revenda de gás, o que já teria provocado um impacto para os caminhões que saem às ruas. "Eu que rodo bastante, vejo açougue, padaria, barzinho e postos de gasolina que vendem gás na periferia", conta. O motorista diz que quando entrou no ramo vendia em média 25 botijões por dia. Hoje a média é 10. "Eu ainda não parei porque está difícil e a minha família é grande", diz. O motorista diz que ainda não conseguiu recuperar o dinheiro investido para comprar o caminhão e os botijões. Texto Anterior: Empresa testa novo sistema para gás Próximo Texto: Preço tende a subir mais, prevê Agip Índice |
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