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COMBUSTÍVEIS
Shell já tem projeto-piloto em São Paulo que funciona nos moldes da proposta em estudo na ANP
Empresa testa novo sistema para gás
da Reportagem Local
O novo modelo para a distribuição e revenda de gás mal começou a ser discutido e já tem um
projeto-piloto testado na praça. É
o Disque Shell Gás, serviço de
venda expressa em teste há três
meses na cidade de São Paulo.
O piloto opera com o sistema de
depósito em troca do vasilhame,
como prevê o modelo da ANP
(Agência Nacional do Petróleo).
O cliente que não tem vasilhame paga R$ 30 de caução pelo botijão novo e recebe um vale de R$
30, para resgatar se desistir da
operação. Quem der o botijão velho em troca receberá um vale de
R$ 10. "Esse é o preço de mercado
do vasilhame usado", justifica Peter Bondlay, diretor comercial da
Shell Gás.
Os botijões são novos, azuis e
trazem estampa, rótulo e lacre
com a marca da distribuidora.
Têm o corpo semelhante aos
atuais, um pé maior para evitar
choques e tratamento de metalização anticorrosivo para ampliar
a durabilidade.
Segundo Bondlay, a vida útil do
botijão atual é de 20 anos, no máximo. A do botijão novo, de 30
anos, pelo menos. A válvula continua a mesma, mas há projeto
para mudar.
Como funciona
O serviço baseia-se em pedidos
feitos por telefone a uma central
de telemarketing, que são repassados aos franqueados da distribuidora.
Os franqueados fazem a entrega
direta. Eles atuam numa área delimitada e obedecem a regras de
comercialização definidas pela
companhia. Ou seja, só compram
gás da Shell.
A assistência técnica é prestada
por uma empresa terceirizada,
credenciada, que atende aos
clientes dos franqueados.
Um folheto e um ímã de geladeira com o número do telefone
da central de pedidos, distribuídos nas zonas oeste e norte da cidade, foram o chamariz.
O preço e o prazo de entrega
trataram de cooptar clientes: o
botijão sai por R$ 16,50 para entrega no mesmo dia, em menos de
uma hora, contra os R$ 17,78 cobrados pela Ultragaz quando passa pelas casas, semanalmente
(preços em vigor na última segunda-feira).
Uma taxa de entrega, de R$ 2,50
por unidade ou 30% do valor do
gás, está prevista no projeto, mas
pode ser cobrada ou não a critério
do franqueado.
O investimento inicial da Shell
Gás foi de R$ 50 mil, aplicados no
sistema informatizado on line do
ponto de atendimento dos três
franqueados participantes do piloto, diz Peter Bondlay.
Agora, o serviço entra em fase
de expansão para a Grande São
Paulo (são 15 franqueados na região) e, em seguida, para os Estados da Bahia, Goiás e o Distrito
Federal.
São Paulo foi a cidade escolhida
para dar início do projeto por
causa da grande densidade populacional e pelo nível de exigência
do paulistano. "Achamos que seria um tradutor rápido do que estávamos propondo."
O prazo de entrega, para Bondlay, foi o que conquistou o cliente. "Além disso, a marca é forte,
traduz segurança", avalia.
Mesmo tendo começado a operar com gás só há dois anos, a
Shell detém hoje 5% do mercado
na Grande São Paulo, o equivalente a 2,5 mil toneladas por mês.
No país todo, sua fatia é de 4%.
Sobre o novo modelo do setor,
Bondlay é categórico: "A Shell
apóia totalmente e considera que
é esse o futuro".
(LUCIA REGGIANI)
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