São Paulo, Quarta-feira, 08 de Setembro de 1999
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MERCADOS
Greve dos petroleiros da Venezuela provoca alta de 2,9% na cotação do barril
Petróleo tem maior preço desde fevereiro de 1997

das agências internacionais

O preço do petróleo voltou a disparar ontem e ultrapassou, pela primeira vez em dois anos e meio, a marca dos US$ 22,00 por barril. No mercado futuro de Londres, a cotação do óleo tipo Brent chegou a US$ 22,04 o barril, mas fechou em US$ 21,36, com uma alta de 2,9% em relação ao dia anterior.
A alta do petróleo vem sendo atribuída, principalmente, ao acordo firmado entre os principais países produtores. Desde março, os membros da Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo) concordaram em reduzir a produção para elevar as cotações. Em sete meses, os preços mais do que dobraram.
Desta vez, porém, o salto nas cotações teve outra razão. A alta foi atribuída ao anúncio de que o principal sindicato de trabalhadores da indústria petrolífera da Venezuela, Fedepetrol, está convocando os trabalhadores para uma greve por melhores salários.
A greve, marcada para o dia 14, aumenta o temor em relação à diminuição dos estoques mundiais de óleo. Quando a demanda de inverno no Hemisfério Norte atingir seu pico, em outubro e novembro, é possível que se esgotem os estoques do produto.
Analistas internacionais já prevêem que a cotação do óleo pode bater em US$ 25,00 por barril. A última vez em que isso ocorreu foi durante a Guerra do Golfo, no início da década.
Outra razão para a alta é a disposição da Opep em manter o mercado sob pressão até março do ano que vem. No dia 22, os representantes dos países produtores se reúnem em Viena, mas não existem planos para aliviar os limites sobre a produção do óleo.


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