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MERCADOS
Greve dos petroleiros da Venezuela provoca alta de 2,9% na cotação do barril
Petróleo tem maior preço desde fevereiro de 1997
das agências internacionais
O preço do petróleo voltou a
disparar ontem e ultrapassou, pela primeira vez em dois anos e
meio, a marca dos US$ 22,00 por
barril. No mercado futuro de
Londres, a cotação do óleo tipo
Brent chegou a US$ 22,04 o barril,
mas fechou em US$ 21,36, com
uma alta de 2,9% em relação ao
dia anterior.
A alta do petróleo vem sendo
atribuída, principalmente, ao
acordo firmado entre os principais países produtores. Desde
março, os membros da Opep (Organização dos Países Produtores
de Petróleo) concordaram em reduzir a produção para elevar as
cotações. Em sete meses, os preços mais do que dobraram.
Desta vez, porém, o salto nas cotações teve outra razão. A alta foi
atribuída ao anúncio de que o
principal sindicato de trabalhadores da indústria petrolífera da
Venezuela, Fedepetrol, está convocando os trabalhadores para
uma greve por melhores salários.
A greve, marcada para o dia 14,
aumenta o temor em relação à diminuição dos estoques mundiais
de óleo. Quando a demanda de
inverno no Hemisfério Norte
atingir seu pico, em outubro e novembro, é possível que se esgotem
os estoques do produto.
Analistas internacionais já prevêem que a cotação do óleo pode
bater em US$ 25,00 por barril. A
última vez em que isso ocorreu foi
durante a Guerra do Golfo, no início da década.
Outra razão para a alta é a disposição da Opep em manter o
mercado sob pressão até março
do ano que vem. No dia 22, os representantes dos países produtores se reúnem em Viena, mas não
existem planos para aliviar os limites sobre a produção do óleo.
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