São Paulo, quinta-feira, 08 de novembro de 2001

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MERCADO FINANCEIRO

Perspectiva de acordo entre governo e Províncias é bem recebida pelos mercados; Bovespa sobe 1,61%

Argentina, agora, anima os investidores

DA REDAÇÃO

A Bolsa de Valores de São Paulo manteve o bom volume financeiro ontem e encerrou o dia com giro de R$ 981,6 milhões.
O Ibovespa, índice que reflete o comportamento das 57 ações mais negociadas na Bolsa, teve alta de 1,61%, em 12.615 pontos. Foi o terceiro dia de alta consecutiva do índice.
Durante o dia, a Bolsa chegou a subir quase 4%, mas reduziu os ganhos no final das negociações, num movimento de realização de lucros considerado normal pelos operadores.
A perspectiva de que o governo argentino e as Províncias locais entraram em um acordo levou calma e euforia aos mercados.
Nos últimos dias, os investidores haviam voltado às compras animados por um descolamento dos mercados argentino e brasileiro. A estabilidade do risco-país do e a alta dos títulos da dívida do Brasil ilustravam que os investidores conseguiam diferencias os dois países.
Ontem, o mercado resolveu se aproveitar da boa notícia no país vizinho e acompanhar o dia de valorizações.
Na Bovespa, as ações de empresas de telecomunicações continuaram a ser o destaque de alta. Segundo operadores, elas teriam sido as mais afetadas durante os picos de crise argentina e daquela criada pelos atentados terroristas aos EUA.
A maior alta do dia foi a das ações preferenciais da Telemig, que subiram 9,1%. Os papéis preferencias da Telesp Celular subiram 8% e os da Tele Nordeste, 6,8%.
O otimismo também foi dado pela queda do dólar e pela melhora da perspectiva dos investidores em relação aos títulos da dívida brasileira. Os C-Bonds tiveram valorização de 2,95% e fecharam em US$ 0,72. Desde o dia 13 de setembro, os títulos não se situavam acima dos US$ 0,70. A taxa de risco-país do Brasil, medida pelo índice Embi+, do JP Morgan, também fechou em queda ontem.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as negociações com juros nos contratos de abril, os mais negociados, voltaram a acentuar a projeção de queda das taxas. Os juros futuros encerraram o dia a 20,05%, ante os 20,71% de ontem.
No mercado, começam a surgir perspectivas para uma redução dos juros brasileiros.
(ANA PAULA RAGAZZI)


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