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MERCADO FINANCEIRO
Perspectiva de acordo entre governo e Províncias é bem recebida pelos mercados; Bovespa sobe 1,61%
Argentina, agora, anima os investidores
DA REDAÇÃO
A Bolsa de Valores de São Paulo
manteve o bom volume financeiro ontem e encerrou o dia com giro de R$ 981,6 milhões.
O Ibovespa, índice que reflete o
comportamento das 57 ações
mais negociadas na Bolsa, teve alta de 1,61%, em 12.615 pontos. Foi
o terceiro dia de alta consecutiva
do índice.
Durante o dia, a Bolsa chegou a
subir quase 4%, mas reduziu os
ganhos no final das negociações,
num movimento de realização de
lucros considerado normal pelos
operadores.
A perspectiva de que o governo
argentino e as Províncias locais
entraram em um acordo levou
calma e euforia aos mercados.
Nos últimos dias, os investidores haviam voltado às compras
animados por um descolamento
dos mercados argentino e brasileiro. A estabilidade do risco-país
do e a alta dos títulos da dívida do
Brasil ilustravam que os investidores conseguiam diferencias os
dois países.
Ontem, o mercado resolveu se
aproveitar da boa notícia no país
vizinho e acompanhar o dia de
valorizações.
Na Bovespa, as ações de empresas de telecomunicações continuaram a ser o destaque de alta.
Segundo operadores, elas teriam
sido as mais afetadas durante os
picos de crise argentina e daquela
criada pelos atentados terroristas
aos EUA.
A maior alta do dia foi a das
ações preferenciais da Telemig,
que subiram 9,1%. Os papéis preferencias da Telesp Celular subiram 8% e os da Tele Nordeste,
6,8%.
O otimismo também foi dado
pela queda do dólar e pela melhora da perspectiva dos investidores
em relação aos títulos da dívida
brasileira. Os C-Bonds tiveram
valorização de 2,95% e fecharam
em US$ 0,72. Desde o dia 13 de setembro, os títulos não se situavam
acima dos US$ 0,70. A taxa de risco-país do Brasil, medida pelo índice Embi+, do JP Morgan, também fechou em queda ontem.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as negociações
com juros nos contratos de abril,
os mais negociados, voltaram a
acentuar a projeção de queda das
taxas. Os juros futuros encerraram o dia a 20,05%, ante os
20,71% de ontem.
No mercado, começam a surgir
perspectivas para uma redução
dos juros brasileiros.
(ANA PAULA RAGAZZI)
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