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Governo envia novo esboço de carta ao FMI
DE BUENOS AIRES
O governo argentino enviou ontem a Washington o
quarto rascunho de uma
carta de intenções para fechar o acordo com o FMI e
encerrar uma negociação
que já se arrasta há um ano.
Ontem, o ministro Roberto
Lavagna (Economia) afirmou que "as condições para
chegar a um entendimento
são muito melhores. Mas temos que ver se é aceito no
outro lado da mesa".
A cautela do ministro tem
motivo: na semana passada,
o anúncio de que ele viajaria
aos EUA para negociar com
os técnicos da instituição gerou ansiedade e expectativas
que acabaram frustradas pela falta de definição.
O FMI teria exigido um
maior ajuste fiscal, aumento
das tarifas públicas e liberação do câmbio. Além disso,
os técnicos do Fundo não
queriam se comprometer
com um acordo de longo
prazo, já que em março o governo deve mudar de mãos.
Lavagna não cedeu às exigências do Fundo: aumento
do superávit fiscal para 3%
do PIB e reajuste de 30% das
tarifas. Mas o presidente
Eduardo Duhalde, que afirmou que não seria por 1% do
PIB que o país deixaria de fechar o acordo, interveio.
Ontem, Lavagna já afirmava, ainda que genericamente, que "era hora de fazer alguns ajustes nas tarifas". Segundo se especulou, os técnicos da instituição também
estariam mais flexíveis.
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