|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Moeda recuou 1,78%, C-Bond subiu 0,86%, risco-país caiu 0,8% e Bolsa registrou alta de 0,99%
Falta de notícia faz dólar baixar a R$ 3,595
DA REPORTAGEM LOCAL
Após a acentuada alta da quarta-feira, o dólar fechou o dia de
ontem em queda de 1,78%, para
R$ 3,595, puxado principalmente
pela recuperação do C-Bond e pelo ajuste do valor do dia anterior
-a alta de anteontem foi considerada exagerada.
O C-Bond, principal título da
dívida externa brasileira, foi negociado no mercado internacional com alta de 0,86% e, com isso,
o risco-país, calculado pelo banco
JP Morgan, caiu para 1.770 pontos, valor 0,8% menor que o do fechamento da quarta.
Segundo Mauro Cardoso, da
corretora Pioneer, a queda do dólar foi fruto da devolução da subida excessiva por conta do mal-entendido com a dívida da Prefeitura de São Paulo.
Com poucos negócios e sem nenhum pronunciamento de impacto por parte do governo eleito,
os operadores dizem que veio o
momento de ajuste.
"O motivo foi não haver nenhum motivo. Não houve notícias boas nem ruins", disse Carlos
Henrique, da corretora Socopa.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, o dia foi foi instável, mas fechou otimista. O índice Ibovespa
rompeu sua sequência de quedas
e fechou em alta de 0,99%, com
9.799 pontos e um volume total
negociado de R$ 417,6 milhões.
Em um dia marcado por pressões externas, com queda nas Bolsas internacionais, o mercado
brasileiro comportou-se de forma
independente, influenciado pela
queda do dólar e algumas notícias
avaliadas como positivas.
Nos EUA, o índice Dow Jones
fechou em baixa de 2,1%, enquanto a Nasdaq perdeu 2,96%. Em
Paris, o CAC 40 recuou 3,15%.
"Apesar das quedas lá fora, o
mercado brasileiro permaneceu
firme", disse Henrique.
Em alta
As ações preferenciais da Net
(antiga Globo Cabo) lideraram as
altas do Ibovespa, com valorização de 23%. Segundo analistas, a
notícia da possibilidade de entrada de um sócio estrangeiro na
empresa animou o mercado.
A Petrobras PN fechou em alta
de 4,82%, após a divulgação de
que o lucro líquido da empresa
cresceu 45% em relação ao 3º trimestre de 2001.
A ação ordinária da AES Elpa liderou novamente as baixas do
pregão, com perdas de 18,4%. Em
seguida vieram Eletrobrás ON
(3,8%) e Aracruz PNB (3,6%) .
(GEORGIA CARAPETKOV)
Texto Anterior: Análise: Depois dos excessos, mundo vive ajuste Próximo Texto: O vaivém das commodities Índice
|