São Paulo, sexta-feira, 08 de novembro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Moeda recuou 1,78%, C-Bond subiu 0,86%, risco-país caiu 0,8% e Bolsa registrou alta de 0,99%

Falta de notícia faz dólar baixar a R$ 3,595

DA REPORTAGEM LOCAL

Após a acentuada alta da quarta-feira, o dólar fechou o dia de ontem em queda de 1,78%, para R$ 3,595, puxado principalmente pela recuperação do C-Bond e pelo ajuste do valor do dia anterior -a alta de anteontem foi considerada exagerada.
O C-Bond, principal título da dívida externa brasileira, foi negociado no mercado internacional com alta de 0,86% e, com isso, o risco-país, calculado pelo banco JP Morgan, caiu para 1.770 pontos, valor 0,8% menor que o do fechamento da quarta.
Segundo Mauro Cardoso, da corretora Pioneer, a queda do dólar foi fruto da devolução da subida excessiva por conta do mal-entendido com a dívida da Prefeitura de São Paulo.
Com poucos negócios e sem nenhum pronunciamento de impacto por parte do governo eleito, os operadores dizem que veio o momento de ajuste.
"O motivo foi não haver nenhum motivo. Não houve notícias boas nem ruins", disse Carlos Henrique, da corretora Socopa.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, o dia foi foi instável, mas fechou otimista. O índice Ibovespa rompeu sua sequência de quedas e fechou em alta de 0,99%, com 9.799 pontos e um volume total negociado de R$ 417,6 milhões.
Em um dia marcado por pressões externas, com queda nas Bolsas internacionais, o mercado brasileiro comportou-se de forma independente, influenciado pela queda do dólar e algumas notícias avaliadas como positivas.
Nos EUA, o índice Dow Jones fechou em baixa de 2,1%, enquanto a Nasdaq perdeu 2,96%. Em Paris, o CAC 40 recuou 3,15%. "Apesar das quedas lá fora, o mercado brasileiro permaneceu firme", disse Henrique.

Em alta
As ações preferenciais da Net (antiga Globo Cabo) lideraram as altas do Ibovespa, com valorização de 23%. Segundo analistas, a notícia da possibilidade de entrada de um sócio estrangeiro na empresa animou o mercado.
A Petrobras PN fechou em alta de 4,82%, após a divulgação de que o lucro líquido da empresa cresceu 45% em relação ao 3º trimestre de 2001.
A ação ordinária da AES Elpa liderou novamente as baixas do pregão, com perdas de 18,4%. Em seguida vieram Eletrobrás ON (3,8%) e Aracruz PNB (3,6%) . (GEORGIA CARAPETKOV)


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