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São Paulo, sábado, 08 de novembro de 2003

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Zona Franca cria empregos com mais exportações

MAURO ALBANO
DA AGÊNCIA FOLHA

O número de empregos na ZFM (Zona Franca de Manaus) neste ano aumentou 8% em relação a 2002 e 76% em comparação com 1993. Pelos dados de setembro da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), há quase 69 mil pessoas empregadas no pólo industrial.
O crescimento do índice de empregos é uma tendência que acompanha o aumento das exportações realizadas pelas empresas instaladas em Manaus, de acordo com a Suframa.
"As indústrias da ZFM vêm exportando mais a cada ano, desde a abertura da economia no governo Collor", disse Elilde Menezes, superintendente-adjunto de planejamento de desenvolvimento regional.
Em 1998, as exportações representavam 1% do faturamento da Zona Franca de Manaus. Neste ano, devem chegar a 13% -cerca de US$ 1,3 bilhão. Em 2002, o faturamento com exportações foi de US$ 1,02 bilhão.
A expectativa é que a diferença, ainda deficitária, entre o valor total dos produtos exportados e dos insumos importados pela ZFM esteja equilibrada em em 2005.
"Com a abertura, as empresas abandonaram a lógica de apenas abastecer o mercado interno e iniciaram um esforço exportador", afirmou Menezes.
A estratégia envolve ainda a inauguração, no próximo dia 20, do Clad (Centro Logístico Avançado de Distribuição), uma base em Fort Laudardale (EUA) para a negociação e distribuição de produtos fabricados na ZFM. O centro será criado em uma iniciativa da Suframa, do governo estadual e do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas).

Mais demanda
Outro motivo para o aumento do número de empregos é o crescimento da demanda no mercado interno, que foi verificada pelas empresas da Zona Franca nos últimos três meses.
Fabricantes de eletroeletrônicos dizem ter sido pegos de surpresa e que podem faltar aparelhos como TVs e DVDs nas lojas neste final de ano.
O presidente da Semp Toshiba, Afonso Hennel, disse que a fábrica da empresa em Manaus está funcionando em turnos adicionais para suprir a demanda e atribuiu essa situação à condução da política econômica -citando a relativa estabilidade do dólar e da inflação e a diminuição dos juros.
"A postura do governo contrariou a expectativa negativa que projetávamos, no ano passado, para 2003", afirmou Hennel.
Outras empresas que fizeram contratações -a maior parte temporárias- para aumentar a produção no fim de ano foram a Philips, LG, Philco e CCE.


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