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Zona Franca cria empregos com mais exportações
MAURO ALBANO
DA AGÊNCIA FOLHA
O número de empregos na ZFM
(Zona Franca de Manaus) neste
ano aumentou 8% em relação a
2002 e 76% em comparação com
1993. Pelos dados de setembro da
Suframa (Superintendência da
Zona Franca de Manaus), há quase 69 mil pessoas empregadas no
pólo industrial.
O crescimento do índice de empregos é uma tendência que
acompanha o aumento das exportações realizadas pelas empresas instaladas em Manaus, de
acordo com a Suframa.
"As indústrias da ZFM vêm exportando mais a cada ano, desde a
abertura da economia no governo
Collor", disse Elilde Menezes, superintendente-adjunto de planejamento de desenvolvimento regional.
Em 1998, as exportações representavam 1% do faturamento da
Zona Franca de Manaus. Neste
ano, devem chegar a 13% -cerca
de US$ 1,3 bilhão. Em 2002, o faturamento com exportações foi
de US$ 1,02 bilhão.
A expectativa é que a diferença,
ainda deficitária, entre o valor total dos produtos exportados e dos
insumos importados pela ZFM
esteja equilibrada em em 2005.
"Com a abertura, as empresas
abandonaram a lógica de apenas
abastecer o mercado interno e iniciaram um esforço exportador",
afirmou Menezes.
A estratégia envolve ainda a
inauguração, no próximo dia 20,
do Clad (Centro Logístico Avançado de Distribuição), uma base
em Fort Laudardale (EUA) para a
negociação e distribuição de produtos fabricados na ZFM. O centro será criado em uma iniciativa
da Suframa, do governo estadual
e do Cieam (Centro da Indústria
do Estado do Amazonas).
Mais demanda
Outro motivo para o aumento
do número de empregos é o crescimento da demanda no mercado
interno, que foi verificada pelas
empresas da Zona Franca nos últimos três meses.
Fabricantes de eletroeletrônicos
dizem ter sido pegos de surpresa e
que podem faltar aparelhos como
TVs e DVDs nas lojas neste final
de ano.
O presidente da Semp Toshiba,
Afonso Hennel, disse que a fábrica da empresa em Manaus está
funcionando em turnos adicionais para suprir a demanda e atribuiu essa situação à condução da
política econômica -citando a
relativa estabilidade do dólar e da
inflação e a diminuição dos juros.
"A postura do governo contrariou a expectativa negativa que
projetávamos, no ano passado,
para 2003", afirmou Hennel.
Outras empresas que fizeram
contratações -a maior parte
temporárias- para aumentar a
produção no fim de ano foram a
Philips, LG, Philco e CCE.
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