DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado financeiro reagiu com ânimo às notícias da semana. A Bolsa de Valores de São Paulo subiu 3,8% no período. O risco-país caiu 5,8% na semana, para 570 pontos.
O anúncio do novo acordo entre o governo brasileiro e o FMI (Fundo Monetário Internacional) foi a principal notícia dos últimos dias para o mercado. A isso somaram-se a elevação do "rating" (avaliação sobre a capacidade de pagamento de dívidas) do Brasil, feito pela agência Fitch Ratings, e a divulgação do IPCA abaixo das projeções do mercado.
A Bovespa fechou ontem com 18.672 pontos, o maior nível do ano. O risco-país caiu ao menor patamar desde 1998. Quanto menor o risco, menores as expectativas de que um país possa vir a dar calote em sua dívida. Como consequência, cresce a facilidade para governo e empresas do país captarem recursos no mercado internacional.
"O mercado já esperava o acordo com o Fundo, mas o anúncio foi importante para dar ânimo extra aos negócios", afirma Alexandre Sant'Anna, da ARX Capital Management.
A semana na Bolsa foi positiva para todos setores: das 54 ações que formam o Ibovespa, 41 encerraram o período com ganho acumulado. No ano, o Ibovespa tem valorização de 65,7%.
Um exemplo em números: quem investiu R$ 5.000 no último pregão do ano passado em uma carteira que acompanha a variação do Ibovespa tinha R$ 8.285 ontem.
Quem mais subiu na semana foram as ações preferenciais da Net: 34,2%. Em seguida vieram as ações com direito a voto da Tele Celular Sul, com alta de 19,4%. A maior baixa da semana ficou com Telemar ON, que caiu 4,7%.

Fôlego mais curto
Apesar de a semana ter sido marcada pela continuidade da trajetória de alta na Bolsa paulista, os negócios esfriaram um pouco. Da média diária de negócios de R$ 1,14 bilhão em outubro, a Bovespa registrou giro de apenas R$ 770,4 milhões no pregão de ontem.
O dólar encerrou a sexta-feira vendido a R$ 2,869. Na semana, a moeda norte-americana ficou praticamente estável, acumulando pequena alta de 0,10%.
(FABRICIO VIEIRA)


Texto Anterior: Zona Franca cria empregos com mais exportações
Próximo Texto: O vaivém das commodities
Índice