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Executivas tentam equilibrar família e trabalho
DA REPORTAGEM LOCAL
As mulheres que conseguiram alcançar a presidência de
grandes empresas e as que estão quase lá defendem que é
possível, sim, conciliar a vida
profissional e a pessoal, mas
não sem sacrifícios.
"Já aconteceu de ter que deixar criança em casa com febre
porque eu tinha que ir para o
trabalho", conta a engenheira
Maria das Graças Silva Foster,
diretora de gás e energia da Petrobras. Antes, ela foi presidente da BR Distribuidora, a segunda no ranking da "Melhores
& Maiores". "Fora da empresa,
no entanto, me dedico totalmente aos meus filhos."
O segredo, ensina Dagmar
Brum, 46, diretora de vendas da
Avon, é ter uma boa equipe para ajudar nas tarefas domésticas e o apoio do marido. "Brinco com ele que por trás de uma
grande mulher sempre há um
grande homem", afirma ela,
que tem uma filha de 11 anos.
Luciana Medeiros von Adamek, 36, diretora da área de
consultoria da PricewaterhouseCoopers e coordenadora do
Ibef (Instituto Brasileiro de
Executivos de Finanças) Mulher, concorda. "É fundamental
que o companheiro compreenda a dinâmica do seu trabalho."
Adamek é casada há 11 anos e
tem dois filhos pequenos, os
quais faz questão de levar à escola todos os dias. Na sua opinião, aos poucos as mulheres
têm alcançado os postos mais
altos nas organizações, mesmo
no setor financeiro.
Liliana Aufiero, 64, presidente da Lupo, diz achar que é
"apenas questão de tempo" que
haja maior igualdade entre homens e mulheres no topo da
hierarquia. "Eu, por exemplo,
por dois anos fui a única estudante do sexo feminino na graduação de engenharia em São
Carlos. Hoje, as alunas se destacam tanto quanto eles no curso
e no mercado de trabalho."
Para Foster, a ascensão está
diretamente ligada ao esforço
individual. "É preciso estar disponível para o trabalho, ter talento, e, acima de tudo, acumular conhecimento, buscar ler,
se informar ao máximo."
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