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Sindicalização cai em país rico
da Reportagem Local
Não é só no Brasil que os
sindicatos de trabalhadores
enfrentam desafios. Em
países de capitalismo desenvolvido da Europa e da
América do Norte já há alguns anos observa-se a tendência de diminuição de
sindicalizados e de dificuldade de mobilização.
Segundo um estudo do
sociólogo Leôncio Martins
Rodrigues, da Unicamp
(Universidade Estadual de
Campinas), entre 1970 e
1988 a sindicalização caiu
de 35% para 28% nos países
da OECD (Organização para a Cooperação Econômica
e Desenvolvimento, que
reúne as nações mais ricas).
Nem mesmo o crescimento do sindicalismo do setor
público, a partir dos anos
70, em alguns desses países,
foi suficiente para anular a
retração na sindicalização.
Na avaliação de Rodrigues, são muitas as razões
que explicariam a queda na
taxa de sindicalização dos
países desenvolvidos.
A transformação do mercado de trabalho fez crescer
o emprego em setores onde
é mais difícil a sindicalização, como a prestação de
serviços. Houve também a
redução do número de empregados industriais.
O desemprego, por sua
vez, dificulta as mobilizações e a adoção de uma plataforma unificada de reivindicações. "O sindicalismo recuou em toda parte",
avalia o sociólogo.(ME)
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