São Paulo, domingo, 8 de novembro de 1998

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Sindicalização cai em país rico

da Reportagem Local

Não é só no Brasil que os sindicatos de trabalhadores enfrentam desafios. Em países de capitalismo desenvolvido da Europa e da América do Norte já há alguns anos observa-se a tendência de diminuição de sindicalizados e de dificuldade de mobilização.
Segundo um estudo do sociólogo Leôncio Martins Rodrigues, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), entre 1970 e 1988 a sindicalização caiu de 35% para 28% nos países da OECD (Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento, que reúne as nações mais ricas).
Nem mesmo o crescimento do sindicalismo do setor público, a partir dos anos 70, em alguns desses países, foi suficiente para anular a retração na sindicalização.
Na avaliação de Rodrigues, são muitas as razões que explicariam a queda na taxa de sindicalização dos países desenvolvidos.
A transformação do mercado de trabalho fez crescer o emprego em setores onde é mais difícil a sindicalização, como a prestação de serviços. Houve também a redução do número de empregados industriais.
O desemprego, por sua vez, dificulta as mobilizações e a adoção de uma plataforma unificada de reivindicações. "O sindicalismo recuou em toda parte", avalia o sociólogo.(ME)



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