São Paulo, domingo, 8 de novembro de 1998

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Taxa barra debate no Mercosul

da Reportagem Local

As diferenças nas regras de tributação do mercado acionário de cada país emperram a discussão para a formação de uma Bolsa de Valores do Mercosul, afirma o presidente da Bolsa de Valores de São Paulo, Alfredo Rizkallah.
Segundo ele, a fusão regional das Bolsas é uma tendência internacional.
Na Europa, Bolsas concorrentes preparam a criação de um mercado único. Na Ásia e na América do Norte, também há a busca do "grande centro de liquidez".
Entre os países do Mercosul, o mercado paulista concentra 60% do movimento com ações. Seria, provavelmente, o centro das negociações, avalia ele.
"O Chile e a Argentina poderiam exportar capitais para o Brasil", diz Rizkallah.
As discussões não avançam, no entanto, por causa dos impostos brasileiros. "A CPMF para estrangeiros é um sacrilégio. Não é característica do mercado de ações. Não existe em nenhum país do mundo", diz Rizkallah.
Ele defende a reforma tributária e da Previdência para estimular a formação de poupança interna e o crescimento do mercado acionário brasileiro.
"O valor de mercado das empresas listadas em Bolsa no Brasil hoje está em torno de US$ 190 bilhões, 25% do nosso Produto Interno Bruto", diz ele.
Nos Estados Unidos, as empresas listadas em Bolsa chegam a valer no mercado duas vezes o PIB, calcula Rizkallah.



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