São Paulo, Quarta-feira, 08 de Dezembro de 1999


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SEMINÁRIO
HSBC abre linha de empréstimo em parceria com Simpi
Crédito de exportação começa a chegar às microempresas

ALESSANDRA FONTANA
da Reportagem Local

Um acordo entre o Simpi e o HSBC, anunciado ontem no Seminário Nacional da Micro e Pequena Empresa (MPE), permitirá que as micro e pequenas empresas passem a ter acesso a linhas de crédito para exportação.
A linha de crédito, desenvolvida numa parceria entre o banco e o Simpi (Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias), foi aberta em setembro deste ano. Uma primeira operação de liberação de crédito para exportação já foi efetivada, em caráter experimental, segundo Joseph Couri, presidente do Simpi de São Paulo, liberando U$ 500 mil.
"É possível trabalhar com valores menores, mas o Simpi pretende juntar grupos de micro empresários com esse interesse e lutar por taxas mais competitivas", disse Couri.
Nas operações vinculadas ao HSBC, o Simpi coleta as informações a respeito do empresário interessado e faz o contato com o banco. Para realizar essa operação cobra uma taxa de 0,8% do valor exportado. Uma "trading" (companhia com contatos para compra e venda no exterior) faz a ligação do empresário com interessados no produto e leva outros 1% do valor total.
O custo do dinheiro emprestado pelo HSBC fica em 1,6% ao mês com prazo de 180 dias para quitação. Na opinião de Joseph Couri, "vale a pena, porque no mercado ele (o empresário) pagaria até 15% pela consultoria de uma trading".
Outras operações de crédito do banco, já existentes no Paraná, serão abertas agora para as micro e pequenas empresas ligadas aos Simpi, com limites máximos para empréstimos definidos de acordo com análise da situação e capacidade de pagamento da empresa.
O HSBC já atende 120 mil clientes com essas linhas de crédito especiais e quer chegar a 240 mil pequenas empresas no próximo ano, conforme informou o diretor de pequenos negócios do banco, Paulo Renato Steiner. Pelo convênio com o Simpi, pretende-se atingir também os empresários que ainda não trabalham com o banco.

Outras instituições
O Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal (CEF) também assinaram protocolos de intenções com o Simpi, no seminário.
De acordo com as propostas, as linhas de crédito que já existiam nessas instituições podem ser acessadas mais rapidamente pelos associados do Simpi.Os recursos para essas operações viriam do programa Brasil Empreendedor, lançado em outubro.
O gerente da área de produtos bancários da Caixa Econômica diz que "o Brasil Empreendedor reduziu as taxas e facilitou o acesso ao crédito do micro empresário. O convênio com o Simpi vai divulgar a existência desse dinheiro entre a categoria".
Nesses casos, o limite para empréstimos e as taxas de juros também variam de acordo com a modalidade de operação de crédito.


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