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SEMINÁRIO
HSBC abre linha de empréstimo em parceria com Simpi
Crédito de exportação começa a chegar às microempresas
ALESSANDRA FONTANA
da Reportagem Local
Um acordo entre o Simpi e o
HSBC, anunciado ontem no Seminário Nacional da Micro e Pequena Empresa (MPE), permitirá
que as micro e pequenas empresas passem a ter acesso a linhas de
crédito para exportação.
A linha de crédito, desenvolvida
numa parceria entre o banco e o
Simpi (Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias), foi aberta em
setembro deste ano. Uma primeira operação de liberação de crédito para exportação já foi efetivada, em caráter experimental, segundo Joseph Couri, presidente
do Simpi de São Paulo, liberando
U$ 500 mil.
"É possível trabalhar com valores menores, mas o Simpi pretende juntar grupos de micro empresários com esse interesse e lutar
por taxas mais competitivas", disse Couri.
Nas operações vinculadas ao
HSBC, o Simpi coleta as informações a respeito do empresário interessado e faz o contato com o
banco. Para realizar essa operação
cobra uma taxa de 0,8% do valor
exportado. Uma "trading" (companhia com contatos para compra e venda no exterior) faz a ligação do empresário com interessados no produto e leva outros 1%
do valor total.
O custo do dinheiro emprestado pelo HSBC fica em 1,6% ao
mês com prazo de 180 dias para
quitação. Na opinião de Joseph
Couri, "vale a pena, porque no
mercado ele (o empresário) pagaria até 15% pela consultoria de
uma trading".
Outras operações de crédito do
banco, já existentes no Paraná, serão abertas agora para as micro e
pequenas empresas ligadas aos
Simpi, com limites máximos para
empréstimos definidos de acordo
com análise da situação e capacidade de pagamento da empresa.
O HSBC já atende 120 mil clientes com essas linhas de crédito especiais e quer chegar a 240 mil pequenas empresas no próximo
ano, conforme informou o diretor de pequenos negócios do banco, Paulo Renato Steiner. Pelo
convênio com o Simpi, pretende-se atingir também os empresários
que ainda não trabalham com o
banco.
Outras instituições
O Banco do Brasil (BB) e a Caixa
Econômica Federal (CEF) também assinaram protocolos de intenções com o Simpi, no seminário.
De acordo com as propostas, as
linhas de crédito que já existiam
nessas instituições podem ser
acessadas mais rapidamente pelos associados do Simpi.Os recursos para essas operações viriam
do programa Brasil Empreendedor, lançado em outubro.
O gerente da área de produtos
bancários da Caixa Econômica
diz que "o Brasil Empreendedor
reduziu as taxas e facilitou o acesso ao crédito do micro empresário. O convênio com o Simpi vai
divulgar a existência desse dinheiro entre a categoria".
Nesses casos, o limite para empréstimos e as taxas de juros também variam de acordo com a modalidade de operação de crédito.
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